”Ainda está a arder na Lombada”
Incêndio de dimensão reduzida ainda preocupa
Tal como é possível constatar, “ainda está a arder na Lombada, na encosta sobre a ribeira”, disse, há instantes, a presidente da Câmara Municipal da Ponta do Sol, Célia Pessegeiro.
No local, ainda é possível visualizar a grande quantidade de fumo como consequência do incêndio que tem lavrado nesta zona.
Imagens captadas pela jornalista Sandra Gonçalves e pelo fotojornalista Miguel Espada da ASPRESS:
De acordo com a autarca, está “é uma zona de difícil acesso”, estando “todos os bombeiros e forças especiais a tentarem combater directamente”.
O meio aéreo, nomeadamente o helicóptero, também esteve a efectuar descargas esta manhã.
“O helicóptero fez duas ou três descargas, mas é difícil de chegar à zona. Além disso, o fogo está muito próximo a cabos de alta tensão, que atravessam sobre a ribeira, sendo por isso uma manobra muito complicada”, revelou Célia Pessegueiro.
A presidente da autarquia referiu que “a única solução é ir debelando o fogo muito próximo”, para ver se tentam extingui-lo.
A autarca disse ainda que “este incêndio tem vindo a progredir” devido “à vegetação”.
“Às vezes parece que está só a fumegar, mas está a arder por debaixo da grama seca, espalhando-se com muita facilidade e quando tem condições favoráveis volta a arder em direcção a canavieiras e a outras árvores que também ardem com muita facilidade, espelhando-se novamente”, explicou e clarificou: “Isto é sempre o mesmo fogo”.
A encosta era a zona mais temida pela autarca pelo facto de estar “completamente inacessível”, tornando o combate “complicado”, que, por sua vez, tem sido feito apenas “por meios aéreos”.
Espero que não se dê nada como terminado sem que esta zona esteja mesmo completamente debelada, porque há muita facilidade em voltar a arder. E agora sim é uma linha paralela, que se tem vindo a desenvolver já por debaixo das casas". Célia Pessegueiro
Célia Pessegueiro aproveitou para apelar à população bom senso quanto à utilização da água.
“Voltamos a apelar à população para que seja contida nos gastos, para tentar para que a água, mesmo que pouca, consiga chegar a algumas casas. Os pontos mais altos são os primeiros a perder a água e os últimos a serem abastecidos. Neste momento, há zonas que estão há mais de sete dias sem este recurso”, disse a autarca.
Ainda que o incêndio tenha perdido intensidade, a população continua em sobressalto.