JPP desafia Eduardo Jesus e ACIF a entenderem-se sobre “impacto tremendo” dos fogos na animação turística
O Juntos Pelo Povo lança um desafio para que Eduardo Jesus e a ACIF se entendam quanto aos impactos que os fogos tiveram na animação turística. Élvio Sousa fala numa discrepância entre as palavras do presidente da ACIF e do secretário regional com a tutela do Turismo.
Jorge Veiga França aponta um "impacto tremendo e avultado” nas atividades de animação", enquanto Eduardo Jesus indica que apenas a utilização das levadas e veredas está “a ser mais afectada”, na sequência dos incêndios que atingem vários concelhos da Região, desde 14 de Agosto.
“Temos um impacto grande no setor da animação turística, com cancelamentos avultados nas atividades de animação turística programadas para as nossas serras desde 18 de Agosto (…). Os cancelamentos rondam os 80% a 90%”, assumiu o presidente da Associação Comercial e Industrial do Funchal (ACIF), Jorge Veiga França, citado pelo partido. Também Jonathan Rodrigues, residente da Mesa de Animação Turística da ACIF, fala em “90% de serviços cancelados” ao longo da última semana.
O secretário-geral do JPP exorta o secretário regional da Economia, Turismo e Cultura a fundamentar publicamente a análise que apresenta do impacto dos incêndios no setor da hotelaria e animação. “Mas que o faça com rigor e transparência, assim que possível, para que se perceba de que lado está a verdade ou se, pelo contrário, continuamos nesta persistente negação dos factos, com a mentira a fazer caminho, como se tem observado nestes dias de escuridão na governação regional”, sublinha Élvio Sousa.
Para o dirigente partidário, é necessário conhecer a bitola que Eduardo Jesus utiliza para desconsiderar níveis de cancelamentos “entre 80% a 90%” num dos subsectores do turismo, e dessa forma, concluir que “os incêndios não estão a afectar a actividade turística”, como afirmou publicamente.
Élvio Sousa lamenta que se continue a “branquear a gravidade dos incêndios e os impactos altamente negativos causados nas nossas serras, no nosso património natural, a não haver o mínimo de sensibilidade e humildade perante a desolação das pessoas afectadas, a perda das suas colheitas, e ainda tenhamos que levar com tanta arrogância e falta de responsabilidade”.
O secretário-geral do JPP admite não “estranhar” o comportamento de Eduardo Jesus e recorda que “com o aeroporto vários dias transformado num parque de campismo”, na ilha várias vezes galardoada como “melhor destino insular” do mundo, “ninguém o viu diante do caos que deu uma péssima imagem da Madeira para o mundo”.