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Incêndios Madeira

Iniciativa Liberal diz que "desinformação do Governo Regional continua"

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Foto Arquivo/ASPRESS

A Iniciativa Liberal Madeira considera "alarmante a persistente desinformação" promovida pelo Governo Regional face aos incêndios que devastam a Madeira, resultando no encerramento de mais de 30 percursos pedestres, "essenciais" para o Turismo de natureza na ilha.

Para os liberais não é aceitável que Miguel Albuquerque, presidente do Governo Regional, e Eduardo Jesus, secretário regional de Economia, Turismo e Cultura, continuem a desvalorizar a gravidade dos incêndios e o seu impacto económico. Estes eventos têm gerado uma onda de cancelamentos que afeta severamente o setor do turismo, impactando desde o alojamento até às empresas de animação turística, restaurantes, rent-a-car, e comércio local. Gonçalo Maia Camelo, Coordenação Regional da IL Madeira

Fogo não está a afectar a actividade turística na Madeira

O secretário Regional da Economia, Turismo e Cultura da Madeira, Eduardo Jesus, assegurou hoje que o incêndio na ilha não está a afetar a atividade turística, com exceção da animação, na utilização de veredas e levadas que estão condicionadas.

O partido contesta a afirmação de Eduardo Jesus, de que "não existe uma relação entre os incêndios e os cancelamentos residuais que têm existido" nos alojamentos, pois, explica que os relatos dos operadores locais "mostram um aumento significativo nas desistências, especialmente entre os turistas cujo objectivo principal era realizar caminhadas nas montanhas da Madeira".

Se cada turista reduzir a sua estadia em apenas um dia devido à impossibilidade de realizar caminhadas, a Madeira poderá perder 22 milhões de euros só no sector do alojamento, sem mencionar os impactos nos outros sectores relacionados ao turismo. Gonçalo Maia Camelo, Coordenação Regional da IL Madeira

Neste sentido, a Iniciativa Liberal Madeira exige uma avaliação "mais precisa e transparente" dos efeitos dos incêndios na economia da Região.

"A discrepância entre as declarações oficiais e a realidade no terreno não pode ser ignorada. É crucial que Miguel Albuquerque e Eduardo Jesus reconheçam os potenciais impactos na economia da Madeira e actuem antes que o desprezo pelos sinais evidentes cause ainda mais danos irreversíveis. A preservação da imagem turística da ilha e a proteção da sua economia dependem de uma comunicação clara e responsável", conclui.