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A Guerra Mundo

Reféns do Hamas libertados ou resgatados reuniram-se com Netanyahu

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Um grupo de reféns libertados ou resgatados nos últimos dez meses reuniu-se hoje com o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, para um balanço sobre os progressos nas negociações de cessar-fogo com os islamitas palestinianos do Hamas.

"Olhou-me nos olhos e disse-me que faria tudo o que fosse possível para trazer o meu filho vivo para casa", afirmou Yelena Trufanova, uma ex-refém libertada a 29 de novembro no âmbito das tréguas com o Hamas, depois do encontro de hoje em Jerusalém.

Yelena Trufanova foi raptada juntamente com a sua mãe de 73 anos, Irena Tati, e o seu filho Sasha - ainda em cativeiro - da sua casa no 'kibbutz' Nir Oz, a 07 de outubro, tendo o seu marido Vitaly sido morto no ataque.

Relatando a "longa reunião" com o chefe do Executivo em Israel, a antiga refém indicou ter sido partilhada "dor" e manifestou o esperança de o grupo ter encontrado um "ouvido atento".

Yelena Trufanova integra o Fórum das Famílias dos Reféns e tem criticado fortemente o primeiro-ministro pela sua relutância em assinar um acordo de tréguas que permita a libertação de todos os prisioneiros israelitas.

"Saí desta reunião com um pouco mais de esperança do que quando entrei, e espero ver o meu filho e todos os reféns regressarem a casa em breve",acrescentou aos jornalistas.

Yocheved Lifshitz, que também foi raptada em Nir Oz e cujo marido, Oded, continua detido, lamentou que Netanyahu "não tenha tido resposta" à pergunta sobre a razão da lentidão das forças de segurança quando milhares de milicianos do Hamas invadiram em outubro Israel por terra, ar e mar, matando cerca de 1.200 pessoas e capturando 251 reféns, na sua maioria civis.

"Nir Oz foi um inferno. Ainda não recebi uma resposta sobre a razão pela qual as FDI nos negligenciaram e não chegaram. Só depois de os raptores, violadores e saqueadores terem terminado o seu trabalho é que as FDI chegaram", criticou.

Uma investigação militar concluiu que a Divisão Sul não compreendeu a gravidade da situação no 'kibutz' e enviou tropas para outras comunidades, demorando onze horas a chegar a Nir Oz.

Ella Ben Ami, do 'kibutz' Beeri e cuja mãe Raz foi libertada durante as tréguas de novembro, mas cujo pai Ohad permanece em cativeiro, mostrou-se mais cética quanto à possibilidade de um acordo em breve e confessou temer pela vida do pai.

Esta semana, o exército recuperou os corpos de seis reféns, elevando o número total de corpos resgatados para 30, enquanto 105 prisioneiros permanecem no enclave desde 07 de outubro, 34 dos quais confirmados como mortos.

"Apelamos ao primeiro-ministro para que honre o seu compromisso e os traga para casa. Compreendemos que esta é provavelmente a última oportunidade antes de entrarmos numa guerra em grande escala e queremos ver os nossos entes queridos em casa", acrescentou.

A guerra em curso entre Israel e o Hamas foi desencadeada pelo ataque de 07 de outubro de 2023, após o qual Israel desencadeou uma ofensiva em grande escala na Faixa de Gaza, que já provocou mais de 40 mil mortos, na maioria civis, e um desastre humanitário, desestabilizando toda a região do Médio Oriente.