DNOTICIAS.PT
Incêndios Madeira

Padre do Curral das Freiras coloca verbas do arraial à disposição da população

Dinheiro que seria investido por parte da paróquia será agora colocado à disposição de todas as pessoas que foram afectadas pelo incêndio na localidade

Foto Miguel Espada/ASPRESS
Foto Miguel Espada/ASPRESS

O padre João Gonçalves decidiu colocar todo o dinheiro que iria ser investido pela paróquia no arraial do Curral das Freiras à disposição da população da freguesia que viveu momentos de terror devido às chamas que consumiram as encostas, ameaçaram dezenas de habitações e dizimaram terrenos agrícolas.

Depois do arraial da localidade ter sido cancelado, o jovem pároco avança ao DIÁRIO que as verbas destinadas à grande festa do Curral das Freiras, por parte da paróquia, são agora colocadas à disposição de todas as pessoas que foram afectadas. 

Arraial do Curral das Freiras cancelado e igreja acolhe residentes

Jovem padre foi parte activa, na última madrugada, no amparo e ajuda à população que viveu momentos de verdadeiro terror à conta do incêndio que ameaça a freguesia

Este dinheiro será entregue numa fase me que está em marcha o levantamento dos prejuízos causados pelo incêndio. Pese embora as chamas não tenham atingido as habitações, há danos por apurar, sobretudo agrícolas. Por exemplo, existem cursos ou tubos de água que terão de ser reparados ou repostos. Além de várias colheitas que se transformaram em cinza.

Tenho estado muito atento às necessidades das pessoas. Onde é que posso estar, onde posso ser mais útil. Apesar do incêndio já não estar por perto, as pessoas continuam apreensivas e os momentos de terror deixam marcas. Padre João Gonçalves

O jovem pároco do Curral das Freiras que foi parte activa e fundamental no amparo e ajuda à população que viveu momentos de verdadeiro terror à conta do incêndio que ameaçou a freguesia durante largos dias.

Quando vários paroquianos foram obrigados a abandonar as suas casas, durante a madrugada, João Gonçalves abriu as portas da igreja - eram 4h30 - para que essas pessoas pudessem "ficar num local seguro e se sentissem amparadas". A partir daí começou a entregar água e alimentação, no fundo, "garantir tudo" o que estava ao seu alcance para acolher esta gente que teve de sair das suas casas.