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Madeira

Chega alerta para discriminação entre bombeiros de Aeroporto

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Francisco Gomes, deputado madeirense do Chega na Assembleia da República, reuniu-se com representantes dos bombeiros do aeroporto. No encontro, que foi organizado pela delegação regional do Sindicato Nacional da Proteção Civil, foram analisados alguns dos desafios com que se defrontam aqueles profissionais.

Durante grande parte da sua história, os bombeiros do aeroporto foram trabalhadores do Estado e tinham, para além de uma grande segurança no trabalho, um número de regalias profissionais, fruto das características da missão que assumem. Todavia, em 2012, a ANA encerrou as admissões na carreira e passou a recorrer à prestação de serviços para colmatar as necessidades naquela área.

“De funcionários públicos, os bombeiros do aeroporto passaram a funcionários indiferenciados com funções de bombeiro. Porém, e apesar de lhes serem exigidas formações especializadas e de estarem sujeitos a inspeções operacionais rigorosas, são desconsiderados a nível salarial a tratados muito abaixo dos níveis de entrega, empenho e disponibilidade que lhe são exigidos", salienta o parlamentar.

A juntar a estes aspectos, o deputado do Chega sublinha aquilo que interpreta como uma situação de “discriminação” entre os bombeiros que estão integrados nos quadros da ANA e os bombeiros que trabalham no regime de prestação de serviços.

“Estamos a falar de homens e mulheres que exercem as mesmas funções, trabalham os mesmos horários, fazem as mesmas formações, mas têm remunerações totalmente diferentes. Em muitos casos, temos bombeiros a ganhar menos de metade do que outros colegas que fazem têm exatamente a mesma missão. Isto é discriminação!”.

Para ultrapassar esta situação, Francisco Gomes aponta a quatro medidas que, a seu ver, têm de ser rapidamente assumidas pelo governo da República, nomeadamente o ministério da Administração Interna, as quais poderão trazer melhorias significativas aos bombeiros do aeroporto e a todos os outros profissionais que lá prestam serviços.

“Criar a carreira de bombeiros de aeroporto, estabelecer a reforma aos sessenta anos, atribuir um subsídio de risco equiparado aos demais operacionais da segurança e considerar a função de bombeiro como de desgaste rápido são medidas que têm de ser implementadas. Esperamos que o governo da República tenha a sensatez de seguir esse caminho em nome da justiça para com estes profissionais", conclui.