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Incêndios Madeira

Governo Regional reabre duas estradas de acesso ao Paul da Serra

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Miguel Espada/ASPRESS

O Governo da Madeira reabriu duas estradas de acesso ao Paul da Serra e uma no concelho da Ponta do Sol, que estavam encerradas devido ao incêndio que lavra na região há dez dias, foi hoje anunciado.

Em comunicado, a Direção Regional de Estradas informa que foram reabertas as estradas entre a Porta da Vila (Santa do Porto Moniz e o Paul da Serra -- Estrada Regional 105); entre a Ribeira da Janela e o Paul da Serra (ER209); e entre os Prazeres e a Fonte do Bispo (ER210).

Por outro lado, continuam encerrados os acessos entre o Poiso e o Pico do Areeiro (ER202), entre o Pico das Pedras e Achada do Teixeira (ER218) e entre o sítio das Quebradas e o sítio do Lombinho (ER211), em Ponta Delgada.

Permanecem também fechadas ao trânsito as estradas entre a Encumeada e o Paul da Serra (ER105) e entre a Malhadinha e o Paul da Serra (ER209).

Hoje, ao início da manhã, o presidente do Serviço Regional de Proteção Civil adiantou à Lusa que o incêndio continua ativo na cordilheira central da ilha, enquanto no concelho da Ponta do Sol houve uma melhoria num dos flancos do fogo.

De acordo com António Nunes, existe ainda um dos flancos ativo, mais ou menos como na quinta-feira, sem grandes desenvolvimentos e de forma moderada.

No que diz respeito à cordilheira central da ilha, António Nunes indicou que a ação na quinta-feira dos dois aviões Canadair juntamente com o helicóptero aparentemente ajudou na contenção da evolução do incêndio

Os aviões Canadiar, que estão a ajudar no combate ao incêndio na Madeira, continuam hoje concentrados no foco da cordilheira central, enquanto o helicóptero atuará na Ponta do Sol, segundo a proteção civil.

O incêndio rural na ilha da Madeira deflagrou no dia 14 de agosto, nas serras do município da Ribeira Brava, propagando-se progressivamente aos concelhos de Câmara de Lobos, Ponta do Sol e, através do Pico Ruivo, Santana.

As autoridades deram indicação a perto de 200 pessoas para saírem das suas habitações por precaução e disponibilizaram equipamentos públicos de acolhimento, mas muitos moradores já regressaram, à exceção dos da Fajã das Galinhas, em Câmara de Lobos.

O combate às chamas tem sido dificultado pelo vento e pelas temperaturas elevadas, mas não há registo de destruição de casas ou de infraestruturas essenciais.

Alguns bombeiros receberam assistência por exaustão ou ferimentos ligeiros, não havendo mais feridos.

Dados do Sistema Europeu de Informação sobre Incêndios Florestais apontam para mais de 5.002 hectares de área ardida.

A Polícia Judiciária está a investigar as causas do incêndio, mas o presidente do executivo madeirense, Miguel Albuquerque, disse tratar-se de fogo posto.