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Madeira

Há mais mulheres mas com maior equidade entre sexos nos diplomados na Região

Foto Shutterstock
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Apesar de continuarem a ser a maioria dos diplomados do Ensino Superior na Madeira, a verdade é que as mulheres viram no último ano lectivo analisado um maior equilíbrio, aliás desde que a série estatística existe, é o ano lectivo de 2022/2023 aquele em que há maior equidade. É certo que tal nem sempre foi assim, tanto é que num passado já distante, só os homens tinham acesso a ter um 'canudo'.

"No ano letivo de 2022/2023, o número de diplomados em estabelecimentos do ensino superior da RAM aumentou 10,2%, tendo sido emitidos 874 diplomas (+81 que no ano lectivo anterior). Este é o terceiro valor mais elevado desde o início da série de dados disponível (que tem início em 1993/1994), depois de 2007/2008 (1.004 diplomados) e de 2020/2021 (879). No ano lectivo em análise, do total de diplomas, no ensino superior universitário foram atribuídos 524, representando 60,0% do total, e no ensino politécnico 350, concentrando os restantes 40,0%", resume a Direção Regional de Estatística da Madeira em indicadores divulgados esta manhã.

Assim, "o número de mulheres diplomadas (464; 53,1% do total) continua a ser superior ao dos homens (410; 46,9%), muito embora este tenha sido o ano lectivo da série disponível com a maior proximidade entre a percentagem de mulheres e homens diplomados. Depois de um mínimo de 19,0% no peso dos homens diplomados em 2001/2002, essa percentagem tem vindo a crescer embora de modo não linear, atingido o expoente de 46,9% em 2022/2023", acrescenta.

Já no que toca à "estrutura etária dos diplomados, persiste a existência de um pico no escalão dos 20-24 anos, atingindo no ano lectivo em análise 69,0% do total de diplomados (68,6% em 2021/2022). Segue-se o grupo etário 25-29 anos com 14,2% (14,1% em 2021/2022) e o grupo 40 e mais anos com 7,8% (9,3% em 2021/2022). No ano lectivo 2022/2023 existiram 31,5 diplomados por 1.000 habitantes com idade entre 20 e 29 anos, valor superior ao do ano lectivo 2021/2022 (29,4 por mil habitantes)", calcula.

A DREM reporta ainda que "no ano lectivo de 2022/2023, o número de diplomados nos estabelecimentos de ensino superior público da Região atingiu o segundo maior valor da série com 780 diplomados (89,2% do total, sendo os restantes 10,8% do privado). Apenas no ano lectivo 2007/2008, pela entrada em vigor do processo de Bolonha, foi registado um valor mais elevado, 800 diplomados, mas inferior em termos proporcionais (79,7%). Por outro lado, nos estabelecimentos de ensino superior privado, o número de diplomados aumentou de 50 em 2021/22 para 94 diplomados em 2022/2023", dá conta.

Ainda "no que respeita à distribuição das áreas de educação e formação dos diplomados no ensino superior, em 2022/2023, cinco áreas registaram um número de diplomados na casa da centena. A área dos 'Serviços pessoais' foi a que registou um maior número de diplomados (127; 14,5% do total), seguida das 'Ciências empresariais e administração' (109; 12,5%), das 'Ciências sociais e comportamentais' (106; 12,1%), da 'Engenharia e tecnologias afins' (101; 11,6%) e da Educação' (100; 11,4%). Os cursos destas cinco áreas de conhecimento representam 62,1% dos diplomados do ensino superior no ano letivo 2022/23", certifica a autoridade estatística.

Por fim, "a distribuição dos diplomados no ensino superior, por ciclos de estudo, revela um peso de 64,6% nas Licenciaturas, 12,8% nos Mestrados e 1,0% em Doutoramentos. Os diplomados em 'Cursos técnico superior profissionais' constituíram 21,5% do total de diplomados", conclui.