Democratas recusam intervenção de palestiniano na convenção
O Comité Nacional Democrata recusou a intervenção de um cidadão norte-americano de origem palestiniana na convenção do partido que termina hoje, em Chicago, denunciou um movimento independente que obteve milhares de votos nas eleições primárias dos democratas.
Os líderes do movimento "Descomprometido" negociavam, há várias semanas, um espaço de discurso para um palestino-norte-americano na convenção, mas as negociações foram interrompidas na quarta-feira quando um funcionário do Comité Nacional Democrata deu uma resposta conclusiva: "não".
A notícia de que o Comité recusou o pedido para um orador palestino-norte-americano, apenas um dia após apresentar os pais de um refém israelo-norte-americano detido pelo Hamas, suscitou críticas da parte de alguns democratas mais à esquerda, mas o Partido Democrata não cedeu.
Vários representantes democratas, no entanto, instaram o partido a reconsiderar a posição, entre os quais o deputado californiano Ro Khanna, que afirmou que "se o Partido Democrata quer ser o partido dos direitos humanos não deve, em 2024, perpetuar este apagamento da história palestiniana".
As tensões relacionadas com a guerra na Faixa de Gaza cresceram, esta semana, no exterior do pavilhão onde decorre a convenção democrata, com milhares de pessoas a marcharem em Chicago enquanto exigiam um cessar-fogo imediato no conflito.
Na terça-feira, um grupo de ativistas entrou em conflito com a polícia em frente ao consulado de Israel, o que resultou na detenção de 56 pessoas.