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Uruguai e Chile criticam confirmação judicial de vitória de Maduro

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Os Presidentes do Uruguai e do Chile criticaram hoje a confirmação pelo Tribunal Supremo de Justiça venezuelano da reeleição do Presidente Nicolás Maduro no escrutínio de 28 de julho, um resultado questionado pela oposição e por numerosos países.

Nas redes sociais, o Presidente do Uruguai, Luis Lacalle Pou, afirmou que a validação do tribunal serve "a ditadura" e confirma "a fraude".

"O regime de Maduro confirma o que a comunidade internacional tem denunciado: a fraude", lamentou Lacalle Pou, assinalando que na Venezuela há "uma ditadura que fecha todas as portas a uma vida institucional e democrática do seu povo".

O Tribunal Supremo de Justiça da Venezuela considerou válidos os resultados das eleições presidenciais divulgados pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) e que deram como vencedor o atual Presidente, Nicolás Maduro, apesar das suspeitas de fraude levantadas pela oposição e por grande parte da comunidade internacional.

Para o Presidente do Chile, Gabriel Boric, a decisão do tribunal "acaba de consolidar a fraude".

"O regime de Maduro acolhe obviamente com entusiasmo a decisão que será marcada pela infâmia", sustentou na rede social X, criticando "uma ditadura que falseia eleições, reprime quem pensa diferente".

O ex-Presidente da Colômbia e Nobel da Paz Juan Manuel Santos qualificou a decisão judicial como "uma farsa".

Partidos opositores na Venezuela consideraram que o Supremo "continua a operar como um braço opressivo do regime e patrocina a perseguição política contra as forças democráticas".

A proclamação inicial da vitória de Maduro pelo CNE desencadeou protestos em todas as regiões da Venezuela, violentamente reprimidos pelas forças de segurança, tendo-se registado mais de 2.200 detenções, 27 mortos e 192 feridos, segundo o mais recente balanço.

O líder chavista pediu ao Tribunal Supremo de Justiça que validasse os resultados eleitorais, tarefa que os juízes concluíram em 22 dias, num processo que excluiu representantes da Plataforma Unitária Democrática, continuando o bloco opositor a exigir que o CNE divulgue os resultados discriminados e em separado, algo que estava previsto no calendário eleitoral, mas não foi cumprido.