JPP foi ao aeroporto perguntar por Eduardo Jesus e pelo Plano de Contingência
Élvio Sousa, secretário-geral do JPP, esteve esta quinta-feira no Aeroporto da Madeira para perguntar "onde andou o secretário regional da Economia, Turismo e Cultura perante o caos vivido no Aeroporto da Madeira, durante uma semana, com milhares de passageiros afetados devido a dezenas de chegadas e partidas canceladas".
O deputado recordou o que chama de "famigerado" Plano de Contingência da Região que está inscrito no PDES – Plano de Desenvolvimento Económico e Social da Região – 2030, mas que continua “perdido nas catacumbas da Quinta Vigia ou da Secretaria da Economia”, como caracteriza o dirigente do JPP, citado num comunicado do partido à imprensa.
“A situação do Aeroporto da Madeira é verdadeiramente terceiro-mundista, sobretudo para um destino várias vezes galardoado anualmente como a Madeira”, descreveu Élvio Sousa, para questionar:
Onde pára o secretário Eduardo Jesus, que aparece todos os dias para a fotografia e em notícias fofinhas’, mas ninguém o viu quando o aeroporto esteve transformado num parque de campismo. Élvio Sousa, JPP
Recorda que o Decreto Legislativo Regional que integra o Plano de Contingência, aprovado há quatro anos, “define em alternativa ao encerramento temporário do aeroporto da Madeira, uma ligação em ferry rápida, não mais do que uma hora, entre o Porto Santo e a Madeira, com desembarque no Caniçal, mas, pelos vistos, e mais uma vez, tudo isto não passou do papel”.
Há quatro anos com o Plano aprovado, o dirigente questiona “por que razão o Governo ainda não avançou com as negociações para concretizar esta proposta vital”, com impacto relevante no setor mais importante da economia da Região.
Élvio Sousa diz temer que “o arrastar desta decisão traga, a breve trecho, consequências altamente negativas para o turismo regional e possa colocar em causa milhares de postos de trabalho”, pelo que incita Miguel Albuquerque a “utilizar o facto de o Governo da República ser da mesma cor política para resolver este e outros problemas graves da sua governação”.
Por outro lado, lembra que o Orçamento de 2021 integrou uma proposta e um artigo do JPP que exortava o Governo Regional da Madeira a dar continuidade às negociações com a União Europeia, com o Governo da República e com a Vinci, com vista a concretizar um efectivo Plano de Contingência do Aeroporto Internacional da Madeira.
“Até agora, como se vê, sem nenhum sentido prático”, acusa Élvio Sousa, para criticar a forma jocosa como Miguel Albuquerque se referiu, em Maio de 2023, a uma situação semelhante à agora ocorrida, também com dezenas de voos cancelados, tendo afirmado: “O Plano de Contingência é ver se o vento abranda para os aviões poderem aterrar”.