Chegaram hoje ao Porto Santo os dois aviões ‘Canadair’ para combater o incêndio que já lavra há nove dias na Madeira, depois da República ter activado o Mecanismo Europeu de Protecção Civil. Uma notícia avançada em primeira mão pelo DIÁRIO de Notícias da Madeira e que foi alvo de centenas de comentários e partilhas durante a tarde de ontem.

Alguns madeirenses defendiam que “a vinda destes meios já deveria ter sido feita mais cedo” e criticavam o pedido de ajuda “tardio”.

Mas tal como noticiamos ontem, já houve outros grandes incêndios na Madeira, nomeadamente em 2010 e em 2016, este último com três mortes. Será que os aviões ‘Canadair’ já combateram incêndios na Região noutros anos?

Não. Esta é a primeira vez que Espanha envia dois aviões para combater fogos na Madeira.

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Apenas em 2017 o avião ‘Air Tractor’, com capacidade para 3.300 litros de água, participou nos testes operacionais realizados no Terreiro da Luta.

Na altura, o secretário de estado da Administração Interna, Jorge Gomes, declarou que “todos os exercícios realizados pelo helicóptero e pelo avião médio que estiveram a testar, em diferentes cenários, a viabilidade técnica de utilização de meio aéreos no combate aos incêndios florestais na Madeira foram feitos com sucesso”.

Mas a verdade é que este tema nunca gerou consenso. A RTP-Madeira dava conta na altura que o engenheiro Rocha da Silva defendia que estes testes deveriam ser feitos numa situação real e que a Madeira precisava de mais aeronaves à semelhança de Canárias.

Recentemente António Nunes, presidente da Direcção do Serviço Regional de Protecção Civil, afiançava à RTP-Madeira que os ‘Canadair’ não eram viáveis devido ao espaço que necessitavam para carregar água, frisando que “o Canadair é uma opção que não faz sentido nenhum”.