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Incêndios Madeira

Comissário europeu confirma que Canadair chegam hoje à Madeira

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Foto Shutterstock

Os dois aviões Canadair de combate a incêndios pedidos pelo Governo português à União Europeia (UE), no âmbito da ativação do Mecanismo Europeu de Proteção Civil, chegam hoje à Madeira, anunciou o comissário europeu para a Gestão de Crises. A vinda destes meios aéreos para a Região foi avançada, em primeira mão, pelo DIÁRIO, durante a tarde de ontem.

Dois Canadair a caminho da Madeira

Força Aérea de Espanha prepara-se para enviar dois aviões de combate a incêndios desde Málaga. Devem aterrar, esta quinta-feira, no Aeroporto da Madeira

"Em resposta ao pedido de assistência de Portugal para combater os fortes incêndios florestais na Madeira desde ontem [quarta-feira] à noite, estamos a coordenar o envio de dois aviões de combate a incêndios da reserva estratégica da UE em Espanha", anunciou o comissário europeu Janez Lenarcic, numa publicação na rede social X (antigo Twitter).

"Os aviões chegarão à Madeira hoje", adiantou o responsável.

A informação surge um dia depois de o Governo ter anunciado que iria ativar o Mecanismo Europeu de Proteção Civil, no âmbito do qual existe uma reserva estratégica de meios, para que possam ser enviados dois aviões de combate a fogos Canadair para ajudar no combate ao incêndio que lavra há oito dias na Madeira.

Governo confirma notícia do DIÁRIO sobre o envio de dois Canadair para a Madeira

Tal como avançado em primeira mão pelo DIÁRIO, o Governo confirmou que vai activar o Mecanismo Europeu de Protecção Civil para que sejam enviados dois aviões Canadair para auxiliar no combate ao incêndio que lavra na Região Autónoma da Madeira há uma semana.

O incêndio na ilha da Madeira deflagrou no dia 14 de agosto, nas serras do município da Ribeira Brava, propagando-se progressivamente aos concelhos de Câmara de Lobos, Ponta do Sol e, através do Pico Ruivo, Santana.

As autoridades deram indicação a perto de 200 pessoas para saírem das suas habitações por precaução e disponibilizaram equipamentos públicos de acolhimento, mas muitos moradores já regressaram, à exceção dos da Fajã das Galinhas, em Câmara de Lobos.

O combate às chamas tem sido dificultado pelo vento e pelas temperaturas elevadas, mas não há registo de destruição de casas ou de infraestruturas essenciais.

Alguns bombeiros receberam assistência por exaustão ou ferimentos ligeiros, não havendo mais feridos.

Dados do Sistema Europeu de Informação sobre Incêndios Florestais apontam para mais de 4.930 hectares de área ardida.

A Polícia Judiciária está a investigar as causas do incêndio, mas o presidente do executivo madeirense, Miguel Albuquerque, disse tratar-se de fogo posto.