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Incêndios Madeira

Ribeira Brava sem focos activos e moradores já voltaram a casa

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O concelho da Ribeira Brava, na Madeira, não regista hoje à tarde focos de incêndio ativos, mantendo apenas vigilância para fazer face a eventuais reacendimentos, e as pessoas retiradas das habitações já regressaram, indicou o presidente da Câmara.

"Neste momento só estamos com vigilância, porque pode haver algum pequeno reacendimento, mas de resto não temos mais nada a referir", afirmou Ricardo Nascimento, em declarações à agência Lusa pelas 14:30, acrescentando que "todas as pessoas que foram retiradas das habitações por uma questão de prevenção já voltaram".

As últimas três pessoas, residentes no sítio da Furna, que ainda estavam na terça-feira de manhã alojadas no pavilhão desportivo do município, regressaram nessa mesma tarde às habitações, adiantou o autarca.

Ricardo Nascimento informou, por outro lado, que o balcão de apoio criado na freguesia da Serra de Água, uma das fustigadas pelo incêndio que lavra há uma semana na ilha da Madeira, começou a funcionar na terça-feira e já atendeu cerca de 40 munícipes que reportaram as suas perdas.

O presidente da Câmara realçou que o fogo provocou danos em palheiros, arrecadações e terrenos agrícolas, tendo também afetado "muita rede de canalização de água de rega", assim como alguns animais que morreram.

O autarca adiantou ainda que o Governo Regional entregou hoje pasta para alimentação de abelhas e que o município vai à entregar, na quinta-feira, "alguns tubos para resolver o problema da água de rega".

"Estamos no terreno e agora estamos a analisar, vamos ponderar muito bem as perdas, para que a autarquia possa ajudar em alguma coisa e que também o Governo Regional possa ajudar", sublinhou.

O incêndio rural na ilha da Madeira deflagrou há uma semana, dia 14 de agosto, nas serras do município da Ribeira Brava, propagando-se progressivamente aos concelhos de Câmara de Lobos, Ponta do Sol e, através do Pico Ruivo, Santana.

Nestes oito dias, as autoridades deram indicação a perto de 200 pessoas para saírem das suas habitações por precaução e disponibilizaram equipamentos públicos de acolhimento, mas muitos moradores já regressaram, à exceção da Fajã das Galinhas, em Câmara de Lobos.

O combate às chamas tem sido dificultado pelo vento, agora mais reduzido, e pelas temperaturas elevadas, mas não há registo de destruição de casas e infraestruturas essenciais.

Alguns bombeiros receberam assistência por exaustão ou ferimentos ligeiros, não havendo mais feridos.

A Polícia Judiciária está a investigar as causas do incêndio, mas o presidente do executivo madeirense, Miguel Albuquerque, já disse tratar-se de fogo posto.