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Incêndios Madeira

Chega-Madeira exige "demissões imediatas" de Pedro Ramos, António Nunes e de Manuel Filipe

Partido quer saídas do secretário da Saúde e Proteção Civil, do presidente da Protecção Civil e do presidente do Instituto das Florestas e Conservação da Natureza

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O Chega-Madeira emitiu um comunicado esta quarta-feira exigindo "a demissão imediata" do secretário da Saúde e Protecção Civil, Pedro Ramos, do presidente da Protecção Civil, António Nunes, e do presidente do Instituto das Florestas e Conservação da Natureza, Manuel Filipe, "perante a gestão ineficaz dos incêndios que têm assolado a Região Autónoma da Madeira desde o dia 14 de Agosto".

 A situação dos últimos dias é uma clara demonstração de incapacidade de resposta por parte das autoridades responsáveis, que têm colocado em risco vidas humanas e o património natural da Madeira. Miguel Castro, presidente do Chega-Madeira

Lembrando que, nos dias mais recentes, a situação se agravou "drasticamente" com o surgimento de novos focos de incêndio no Pico do Areeiro, Pico das Torrinhas e Pico Ruivo, diz que estas áreas, situadas no maciço montanhoso central da ilha, são de extrema importância ecológica, sendo que a área de nidificação da freira-da-Madeira, uma espécie endémica e em risco de extinção, foi severamente afectada.

A preservação desta espécie e do nosso património florestal deveria ser uma prioridade absoluta, algo que não foi assegurado pelas autoridades competentes. Miguel Castro, presidente do Chega-Madeira

O partido considera "inadmissível" que, apesar das previsões meteorológicas e dos avisos de perigo de incêndio, as medidas preventivas não tenham sido adequadas. A coordenação das operações de combate aos incêndios mostrou-se ineficaz e insuficiente, levando à propagação rápida das chamas e à devastação de uma vasta área florestal, comprometendo a segurança das populações locais e do ambiente".

Face à gravidade da situação, questiona “a competência e a capacidade de liderança dos responsáveis pela Protecção Civil e pela gestão dos recursos florestais na Madeira".

As falhas sucessivas na resposta a este desastre natural demonstram uma clara falta de preparação e planeamento, que não pode ser ignorada. É urgente uma mudança na liderança para que situações como esta não voltem a ocorrer. A continuidade destes responsáveis nos seus cargos representa um risco inaceitável para a segurança da população madeirense e para a preservação do nosso valioso património natural. É imperativo que sejam tomadas medidas urgentes e eficazes para evitar que novos incidentes de igual gravidade ocorram no futuro. Miguel Castro, presidente do Chega-Madeira

O partido aproveita esta ocasião para "congratular o extraordinário esforço e dedicação dos bombeiros e de todos os que têm trabalhado incansavelmente para proteger a nossa população e a nossa Região".