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Blinken diz que tempo está a esgotar-se para acordo sobre Gaza

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O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, afirmou hoje no Qatar que o tempo está a esgotar-se para um acordo sobre Gaza.

Em declarações aos jornalistas, antes de deixar a capital do Qatar, Doha, Blinken disse que o tempo "está a esgotar-se" para uma trégua sobre a Faixa de Gaza e acrescentou que os Estados Unidos rejeitam uma ocupação israelita de "longo prazo" do enclave palestiniano.

Blinken exortou o movimento islamita palestiniano Hamas a aceitar a mais recente proposta americana de trégua na Faixa de Gaza.

O Hamas classificou a proposta que lhe foi apresentada como uma reversão do que aceitara e acusou os Estados Unidos de concordarem com "novas condições" de Israel.

Blinken esteve hoje em Doha para exercer pressão para uma trégua entre Israel e o Hamas, após mais de dez meses de guerra na Faixa de Gaza.

Em Doha, o secretário de Estado norte-americano teve um encontro como o ministro do Estado do Qatar, Mohammed bin Abdulaziz Al-Khulaifi.

No final do encontro, ambos sublinharam a necessidade de um "alívio das tensões na região", de acordo com o Ministério dos Negócios Estrangeiros do Qatar.

Os Estados Unidos são, em conjunto com o Qatar e o Egito, mediadores nas negociações de um cessar-fogo entre Israel e o Hamas, quando as duas partes sinalizaram que os desafios para um acordo permanecem.

Antes de chegar ao Qatar, Antony Blinken esteve em Israel e no Egito.

Os encontros de Blinken no Egito, que faz fronteira com a Faixa de Gaza, e no Qatar, que acolhe alguns líderes do Hamas no exílio, aconteceram depois de o chefe da diplomacia de Washington se ter reunido na segunda-feira com o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, e ter dito que o dirigente aceitou uma proposta dos Estados Unidos para colmatar as lacunas que separam Israel e o Hamas, ao qual apelou para seguir o mesmo exemplo.

A guerra entre Israel e o Hamas foi desencadeada por um ataque sem precedentes do grupo islamita palestiniano em solo israelita, em 07 de outubro de 2023, que causou cerca de 1.200 mortos e mais de duas centenas de reféns, segundo as autoridades israelitas.  

Após o ataque do Hamas, Israel avançou com uma ofensiva em grande escala na Faixa de Gaza, que já provocou mais de 40 mil mortos, na maioria civis, e um desastre humanitário, desestabilizando toda a região do Médio Oriente.