Madeira de novo e sempre

Voltar à Madeira é sempre um prazer, não obstante o desprazer que é, nos dias de hoje, ter que viajar de avião, sobretudo quando o destino é um aeroporto cuja acessibilidade está sempre por um fio. Mas enfim são condicionalismos que temos que suportar porque não há alternativa.

E ao fim e ao cabo vale a pena correr estes riscos. Não se sai desiludido, em regra, quer em paisagem, quer em hospedagem. Queria, no entanto, chamar a atenção para alguns pormenores menos felizes, suscetíveis de serem melhorados. Passo a apontar

1- o parque público da Nazaré foi para mim uma feliz novidade, pena é que esteja um tanto a monte;

2- a baixa da Funchal apresenta-se cada vez mais como um espaço para agradáveis caminhadas, com destaque para a marginal, pena que as obras da Marina se eternizem;

3- os espaços balneares que frequentei (praia Formosa, piscina do Lido, calhau do Gavinas e piscina da Ponta Gorda) são, no geral, espaços agradáveis, mas as cabines dos balneários masculinos da Ponta Gorda estão a saque: cabides e fechaduras já eram…

4- a Praça do Município, libertada que foi, há alguns anos, do seu papel de parque automóvel permitindo aos cidadãos usufruírem deste espaço de variadas formas, está afinal transformada em parque automóvel… aos domingos. Coisa de espantar: aos domingos! E então aos outros dias? Bem, por ora ainda dá direito a bloqueamento (presenciei-o). Mas por que cargas d’água alguém acha normal fazer da Praça lugar de parqueamento permitido aos domingos? Porque o parque da Cruz Vermelha está fechado ao domingo, como alguém me alvitrou? Não seria mais sensato que a CMF negociasse a sua abertura em vez de autorizar este retrocesso na vida da praça?

5 - a vila da Ponta do Sol, tão aprazível quanto acanhada, lutando contra uma crónica falta de espaço construiu um parque auto logo à saída dos túneis que é gratuito. De louvar essa generosidade? Tenho sérias dúvidas: o estacionamento no seu interior é tipo «salve-se quem puder » e a saída de emergência, além de se ter transformado numa latrina tem o acesso ao exterior bloqueado. Gratuitidades destas costumam sair caras…

6- a praia da Ribeira Brava, bastante acolhedora, padece, no que respeita a balneários masculinos, de falta de manutenção. Não é feita qualquer cobrança de uso, mas antes fosse - como avisam, aliás - e houvesse manutenção…

7- aeroporto, zona do despacho de bagagem: os fechos das portas dos sanitários masculinos não funcionam.

8- o calhau do Caniçal, bem no centro da vila, que podia ser uma praia acolhedora, está transformado em retrete pública. Mau cheiro e postas de pouco civismo dão as boas vindas aos veraneantes.

Luís Paulo