Encerradas estradas de acesso ao Pico do Areeiro e ao Paul da Serra
As estradas entre o Poiso e o Pico do Areeiro foram encerradas ao trânsito devido ao incêndio que lavra na ilha da Madeira, mantendo-se intransitáveis os acessos ao planalto do Paul da Serra, informou hoje o Governo Regional.
De acordo com a Direção Regional de Estradas, "foram encerrados ao trânsito o troço da ER (Estrada Regional) 202 entre o Poiso e o Pico do Areeiro (entre os municípios de Santana e o de Câmara de Lobos) e o troço da ER 218 entre o Pico das Pedras e a Achada do Teixeira", no concelho de Santana, no norte da ilha.
Na nota, a direção regional indica que estes encerramentos foram determinados "por precaução" e que "foi reaberta ao trânsito a ER 105 entre a Serra d'Água e a Encumeada", no município da Ribeira Brava.
A direção de Estradas refere ainda que se mantêm fechadas as estradas regionais de acesso ao Paul da Serra, que é o maior e mais extenso planalto da ilha da Madeira, abrangendo 24 quilómetros quadrados uma altitude aproximada de 1.500 metros, localizado no concelho da Ponta do Sol.
Assim, estão encerradas a ER 105 nos troços que ligam a Porta da Vila e a Encumeada ao Paul da Serra, a ER209 entre a Ribeira da Janela e o planalto, estendendo-se à Malhadinha, além da ER 210 entre os Prazeres e a Fonte do Bispo.
O incêndio que lavra na Madeira desde quarta-feira continua ativo e hoje, pelas 17:00, mantinha "dois teatros de operações", localizados nas freguesias da Serra de Água e do Curral das Freiras, indicou o Serviço Regional de Proteção Civil (SRPC).
O incêndio rural na Madeira deflagrou na quarta-feira nas serras da Ribeira Brava, propagando-se no dia seguinte ao concelho de Câmara de Lobos, e, já no fim de semana, ao município da Ponta do Sol.
Nestes sete dias, as autoridades deram indicação a perto de 200 pessoas para saírem das suas habitações por precaução e disponibilizaram equipamentos públicos de acolhimento, mas muitos moradores já regressaram, à exceção da Fajã das Galinhas, em Câmara de Lobos, e da Furna, na Ribeira Brava.
O combate às chamas tem sido dificultado pelo vento, agora mais reduzido, e pelas temperaturas elevadas, mas não há registo de destruição de casas e infraestruturas essenciais. Uma bombeira recebeu assistência hospitalar por exaustão, não havendo mais feridos.
Projeções do Sistema Europeu de Informação sobre Incêndios Florestais, citadas pelo Governo Regional, apontam para sete mil hectares ardidos.
A Polícia Judiciária está a investigar as causas, mas o presidente do executivo madeirense, Miguel Albuquerque, diz tratar-se de fogo posto.