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Incêndios Madeira

CDU considera que "serras do Funchal estão um perigo para a cidade"

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A CDU lamentou, hoje, que os governantes nada tenham feito para limpar as florestas. "Aqui, depois dos últimos incêndios, o crescimento desordenado do eucalipto junto às casas é um atentado à segurança da Cidade e dos cidadãos", disse Herlanda Amado, numa visita da CDU ao sítio das Lajinhas, no Monte.

"Neste local as populações ainda têm má memória dos incêndios de 2010, 2013 e 2016, que deixaram um rasto de destruição que continua a condicionar a vida de muitos Funchalenses", assumiu a deputada municipal, indicando que após os incêndios de 2016 foram feitos levantamentos dos problemas que o Funchal enfrentava, à data, "muitos já anteriormente colocados, mas passados que estão 8 anos deste fatídico acontecimento, muito ainda está por fazer".

Apesar das verbas oriundas de Fundos Europeus estas não foram utilizadas para proteger a população, e sem qualquer problema afirmamos, que o dinheiro que deveria servir para proteger a população de situações idênticas, a verdade é que, por inércia, incapacidade ou mesmo incompetência do Município do Funchal e do Governo Regional, está a olhos vistos que, pouco ou nada foi feito. Como foram utilizados os “dinheiros” vindos da Europa? De que forma foram usados estes meios financeiros para proteger as vidas de quem vive em “zonas de risco” como esta em que nos encontramos? Herlanda Amado

A deputada municipal quer saber onde foram investidos os milhões que foram apregoados, considerando que se tratam de perguntas legítimas. "A crítica construtiva feita desde sempre pela CDU, tem como principal objectivo alertar para um problema conhecido por todos. Alertar para a prevenção é sempre preferível do que ter uma postura reactiva sem orientação, mas como diz o povo, “só quem tem a faca e o queijo na mão”, pode fazer alguma coisa de concreto. Os responsáveis políticos não devem, nem podem, pelas suas responsabilidades “amuar” a cada crítica feita, ainda para mais quando a História confirma a ciclicidade de eventos dramáticos como estes.", diz.

 Herlanda Amado, destacou como fundamental "a implementação de políticas que privilegiem a prevenção com envolvimento da população, consciencializando para uma cultura de segurança; garantir um ordenamento do território e da floresta que privilegie as plantas endémicas da Região, firmando um combate às espécies florestais invasoras como os eucaliptos, acácias, giestas ou carqueja, para que seja possível trabalhar na reconversão florestal. Ninguém está a 'inventar a roda'. De acordo com estudos realizados há décadas, estas são apenas algumas das medidas que devem ser implementadas no nosso Arquipélago, para que não sejamos confrontados periódica e ciclicamente com incêndios dantescos".

A CDU deixou, no decorrer desta iniciativa, uma mensagem de solidariedade para com as populações afectadas pelos incêndios que atingem a Madeira desde 14 deste mês e um reconhecimento público, justo e merecido, a todas as mulheres e homens das várias forças de intervenção que combatem estes fogos, apesar de todas as dificuldades adversas com que vão sendo confrontados no terreno.