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Pentágono informa Israel sobre mudanças militares para reforçar protecção

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O secretário da Defesa dos Estados Unidos, Lloyd Austin, informou hoje por telefone o homólogo israelita, Yoav Gallant, sobre as "mudanças" militares que o Pentágono levará a cabo para reforçar a segurança de Israel perante "a ameaça do Irão".

O telefonema foi feito um dia depois de o Presidente dos EUA, Joe Biden, ter dito ao Primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, que haverá "novos destacamentos militares" para defender Israel de um eventual ataque do Irão, em represália pelos assassínios de dirigentes do Hamas e do Hezbollah.

"O secretário reiterou o apoio inabalável à segurança de Israel e informou o ministro sobre medidas adicionais, incluindo alterações à postura defensiva que o departamento irá adotar para defender Israel", disse a porta-voz adjunta do Pentágono, Sabrina Singh, numa conferência de imprensa.

Singh disse que havia um compromisso explícito sobre "que unidades específicas e que capacidades específicas" serão mobilizadas pelos Estados Unidos, tanto no telefonema dos líderes como no telefonema dos ministros.

No entanto, recusou-se a fornecer "um calendário explícito" para os movimentos operacionais.

De acordo com um comunicado do ministério da Defesa israelita, Gallant disse a Austin que "a cooperação sem precedentes em matéria de segurança entre Israel e os Estados Unidos contra o Irão e os seus representantes é fundamental para a segurança e a estabilidade regionais".

Gallant também manifestou o empenho de Israel em chegar a um acordo que permita o regresso dos 111 reféns que ainda se encontram na Faixa de Gaza.

"Estamos determinados a defender os cidadãos de Israel e isso inclui chegar rapidamente a um acordo para o regresso dos reféns", afirmou.

Israel está a trabalhar na coordenação de uma nova coligação internacional para impedir uma possível resposta do Irão e do Hezbollah, que prometeram retaliar depois de Israel ter morto o líder político do Hamas, Ismail Haniyeh, em Teerão, e o chefe militar do grupo libanês, Fuad Shukr, em Beirute, com uma diferença de oito horas entre si, esta semana.

Os Houthis do Iémen, a Resistência Islâmica do Iraque ou as milícias pró-iranianas da Síria - todos satélites do Irão, bem como o Hamas e a Jihad Islâmica em Gaza e na Cisjordânia - poderiam juntar-se num ataque coordenado contra Israel em várias frentes.

A este respeito, Gallant referiu a Austin a importância de criar uma "coligação de parceiros e aliados para garantir a estabilidade e a segurança regionais", como aconteceu em abril, quando sete países se juntaram a Israel para repelir um ataque de cerca de 300 drones e mísseis iranianos.

Horas antes, Gallant reuniu-se em Telavive com o novo secretário da Defesa do Reino Unido, John Healey, que está de visita a Israel, com quem também debateu a tensão no Médio Oriente e a necessidade de uma coligação deste tipo "em defesa de Israel contra o Irão e os seus representantes".