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Banco Montepio passa de prejuízo para lucros de 68,7 ME no 1.º semestre

Foto StockPhotosArt / Shutterstock.com
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O Banco Montepio teve lucros de 68,7 milhões de euros no primeiro semestre, recuperando dos prejuízos de 48,3 milhões de euros registados no mesmo período do ano passado, foi hoje comunicado ao mercado.

De acordo com o comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) esta manhã, esta evolução homóloga é "consubstanciada na incremento do produto bancário (+11,1% em termos homólogos) e na redução das imparidades e provisões (-11,6% em termos homólogos)".

A operação do banco nos primeiros seis meses do ano passado foi afetada pela venda do Finibanco Angola, que teve um impacto negativo de 116 milhões de euros nos resultados do Montepio.

Por sua vez, a margem financeira, que resulta da diferença entre os juros cobrados nos créditos e os juros pagos nos depósitos, aumentou 2,2%, para 198,6 milhões de euros, contribuindo para a subida de 11,1% do produto bancário.

No período em análise, as comissões líquidas do banco recuaram 3,5%, para 63,1 milhões de euros.

Por sua vez, os custos operacionais aumentaram 6,9%, para 133,6 milhões de euros, com os custos com pessoal a subirem 0,1%, para 77,4 milhões de euros e os gastos gerais administrativos a avançarem 10,1%, para 34,6 milhões de euros.

No final de junho, o Banco Montepio tinha 2.873 trabalhadores e 226 balcões, uma descida de 95 pessoas e de 10 balcões em termos homólogos. O banco iniciou em 2020 um programa de saída de centenas trabalhadores por rescisões por acordo e reformas antecipadas, que diz ter concluído em 2023.

As depreciações e amortizações totalizaram 21,6 milhões de euros, numa subida de 20,0%, enquanto as imparidades para créditos baixaram 13,8%, para 7,3 milhões de euros.

No que diz respeito ao balanço, a carteira de crédito bruto do Banco Montepio manteve-se praticamente inalterado em termos homólogos, subindo dois milhões de euros para 11.877 milhões de euros. O rácio de crédito problemático (NPE na sigla em inglês) era de 2,8% em junho, contra a 3,2% em dezembro último e 4,5% em junho de 2023.

Os depósitos de clientes cresceram 10,5% face ao final de junho do ano passado, para 14.212 milhões de euros, 72% dos quais detidos por particulares. Segundo o banco, este crescimento foi "suportado na evolução positiva dos depósitos de clientes particulares em 877 milhões de euros e do segmento de empresas em 469 milhões de euros".

Quanto a indicadores de solidez, o rácio de capital CET1 era em junho de 16,1%, acima dos 14,4% homólogos.