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A Guerra Mundo

"Apagões" de volta à Ucrânia após ataques russos

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Foto AFP

Os cortes de energia voltaram a afetar as casas ucranianas e deverão durar pelo menos uma semana, devido a enormes danos causados ??por ataques de mísseis e 'drones' russos, informou hoje a Ukrenergo, operadora da rede elétrica do país.

"Por causa do crescente défice de capacidade de geração de eletricidade no sistema elétrico, as restrições de consumo serão aplicadas hoje das 17:00 às 21:00 [locais]", indicou a Ukrenergo através das redes sociais.

A maioria dos consumidores deverá passar pelo menos uma hora sem eletricidade hoje, exceto infraestruturas críticas e empresas que cobrem a maior parte das suas necessidades de eletricidade importando-a do exterior, a preços mais elevados.

"O sistema energético ainda está a recuperar dos oito ataques massivos dos russos e enfrenta uma escassez de capacidade de geração, enquanto prosseguem os trabalhos de emergência e de manutenção programada nas instalações elétricas", justificou a Ukrenergo.

A Ucrânia perdeu mais de nove gigawatts de capacidade de geração este ano, após mísseis russos danificarem ou destruírem todas as suas centrais hidroelétricas e térmicas que permanecem sob o seu controlo.

O país depende atualmente das três centrais nucleares que permanecem em mãos ucranianas após a captura da maior, em Zaporijia, bem como da energia solar e outras fontes renováveis ??e das importações de países europeus, que ascenderam a 1,23 gigawatts no pico de hoje.

A maioria dos ucranianos passou meio dia ou mais sem eletricidade durante várias semanas no início do verão, quando as centrais nucleares da Ucrânia estavam em manutenção e o consumo subiu para níveis recordes devido ao calor.

Embora o país esteja a investir na expansão da produção descentralizada de eletricidade e espere reparar o máximo possível da capacidade danificada durante o inverno, os especialistas alertam que os cortes de energia, também conhecidos como "apagões", poderão durar ainda mais à medida que as temperaturas começarem a descer.

O risco de novos ataques em grande escala por parte da Rússia também permanece elevado, quando Moscovo acumula mísseis suficientes para atacar as infraestruturas do país vizinho, segundo especialistas militares.