Focos activos na Ribeira Brava estão longe das habitações
Os focos de incêndio ativos no concelho da Ribeira Brava, na zona oeste da Madeira, estão hoje longe de habitações e a situação na freguesia da Serra de Água está controlada, indicou o presidente da Câmara.
Na Serra de Água, onde a situação já foi preocupante e o fogo esteve perto de casas, registam-se neste momento "pequenos reacendimentos, alguns pequenos focos de lume, mas a ser controlados", disse Ricardo Nascimento, em declarações à agência Lusa, cerca das 13:30.
"O incêndio já se fez deslocar para outros sítios, para as zonas altas da Ribeira da Tabua, mas está longe da população, os bombeiros estão a acompanhar e também nas zonas bem altas do sítio da Furna, que também está longe das habitações", adiantou.
O autarca informou ainda que o município está a efetuar a limpeza de algumas estradas e caminhos municipais.
A maioria dos moradores retirados das habitações nos últimos dias e que foram alojados no pavilhão desportivo do concelho, já poderão, na tarde de hoje, regressar a casa.
É apenas preciso ter "alguma cautela no regresso das pessoas" que residem na zona da Achada dos Aparícios, referiu.
Relativamente às condições meteorológicas, Ricardo Nascimento apontou que estão mais favoráveis para o combate ao fogo.
Ainda de acordo com o presidente da Câmara Municipal da Ribeira Brava, o incêndio que deflagrou na quarta-feira não provocou vítimas, nem desalojados.
Os danos registados até ao momento foram em palheiros, arrecadações, terrenos agrícolas e também alguns animais morreram, indicou.
Ricardo Nascimento adiantou também que foi criado um pequeno gabinete de apoio para monitorizar estes casos no edifício da Junta de Freguesia da Serra de Água.
O incêndio rural deflagrou na quarta-feira nas serras da Ribeira Brava, propagando-se no dia seguinte ao concelho contíguo a este, Câmara de Lobos, e, já no fim de semana, ao município da Ponta do Sol, através do Paul da Serra.
Até domingo, 160 pessoas foram retiradas das suas habitações por precaução e transportadas para equipamentos públicos, mas muitos moradores já regressaram ou estão a regressar a casa.
O combate às chamas tem sido dificultado pelo vento, agora mais reduzido, e pelas temperaturas elevadas, mas não há registo de feridos ou de destruição de casas e infraestruturas essenciais.
O fogo mobiliza perto de duas centenas de operacionais (inclusive do continente e dos Açores) e algumas dezenas de viaturas, além do meio aéreo do arquipélago, com as atenções centradas sobretudo nos concelhos da Ribeira Brava e da Ponta do Sol.
O presidente do Governo Regional, Miguel Albuquerque, afirma tratar-se de fogo posto, mas as causas ainda não foram divulgadas.