A Madeira e os Madeirenses acima de tudo

As internas no PSD Madeira foram há quase meio ano.

O PSD, com Miguel Albuquerque reeleito, venceu, desde então, eleições Regionais e Europeias, formou Governo e aprovou Programa e Orçamento. E venceu, dias antes das internas, as legislativas nacionais.

Logo após as internas, a fechar o seu comentário quinzenal, na RTP Madeira, o Dr. Alberto João Jardim disse que a governação de Miguel Albuquerque está no essencial em linha com o que defende e com o que deve ser feito na Madeira. Faltando, apenas, na opinião do ex-Presidente do Governo, maior afinco na defesa da Autonomia.

Retive-o por representar, por um lado uma tomada de posição acerca do que é essencial – a governação – e, por outro, por me levar a questionar o motivo das críticas proferidas, no exato espaço e momento de opinião, ao líder reeleito e ao processo das internas.

Compreender-se-ia se Jardim entendesse que a governação de Miguel Albuquerque é negativa. Mas não é o caso. Pelo contrário! Então qual a motivo de tanta crítica ao líder e ao partido que prosseguem o seu reconhecido legado?

De transformação social e económica da Região.

E até porque a Madeira e os interesses do Povo Madeirense estão sempre acima de quaisquer outros, correto?

Insisto, por isso, no essencial:

– Hoje, como à data do comentário político de Jardim e já por um longo período antes do mesmo, a Região cresce economicamente.

Cresce, na verdade, há 38 meses consecutivos.

(E crescia há 83 meses consecutivos no período anterior à pandemia.)

– Cria riqueza e postos de trabalho como nunca.

– O rendimento médio bruto do trabalhador Madeirense equipara-se ao do Continente. Um feito para uma Região insular, ultraperiférica, que há 50 anos se encontrava a anos-luz dos padrões/indicadores do País.

Porquê persistir na clivagem, em vez de colocar o seu capital político ao serviço do PSD Madeira?

Porquê insistir no alegado decréscimo eleitoral do PSD Madeira – ausência de maiorias absolutas, exceto em 2015 – quando sabe, melhor do que ninguém, que o cenário resulta da alteração da Lei Eleitoral.

Como sabe que, sem a referida alteração, ou seja, à luz da anterior Lei Eleitoral, os resultados obtidos pelo PSD Madeira confeririam maiorias absolutas em todas as Eleições Legislativas Regionais disputadas desde 2015.

Porque sustentar esta falsa bandeira promovida há quase meio ano pela candidatura perdedora?

Mais. Mesmo com uma Lei Eleitoral mais adversa à formação de maiorias absolutas, o Partido da Autonomia estará (estaria) sempre mais perto de as alcançar com o seu apoio, a sua colaboração e o seu trabalho.

Pelo trabalho e pelos resultados que lhe reconhece, Miguel Albuquerque merece-o há muito.

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