Aeroporto da Madeira transformado num dormitório
O Aeroporto da Madeira está transformado num autêntico dormitório, segundo contam passageiros que estão retidos pelo cancelamento dos voos por causa do vento.
"O aeroporto está descontrolado", frisa a testemunha da situação. Dá o exemplo da Ryanair que "só está a assegurar voos para dia 29/30 de Agosto", adjectivando a situação dos passageiros "a ferro e fogo". E atira: "Estão a deixar as pessoas ao deus-dará", lamenta.
A situação é de centenas de passageiros sem onde ficar e sem apoio em terra das companhias, com colchões por todo o lado e, não sendo suficientes, "pessoas a dormirem no chão".
Mais de 50 voos cancelados no aeroporto da Madeira devido ao vento
Desde a meia-noite foram já canceladas 25 chegadas e 29 partidas, num total de 54 voos
Como temos noticiado, o Aeroporto viveu um dos piores dias deste ano, quiçá em muito tempo, embora não tenha estado encerrado a aterragens ou descolagens, contam-se em pouco mais de duas dezenas os voos que conseguiram aterrar ao longo do dia. Entre cancelamentos e divergidos, numa primeira instância e depois cancelados, este domingo foram 28 voos à chegada e outras tantas partidas.
O último voo acaba de aterrar pelas 21h35, um avião da TAP proveniente de Lisboa. Ainda há um último voo, no caso da Binter, que deverá ser realizado pouco antes das 22h00 e que a esta hora já deveria ter descolado do Porto Santo.
Contando, por alto, serão algumas centenas de pessoas a ocupar grande parte da zona de partidas do Aeroporto e um pouco por todo o lado daquela infraestrutura.
Amanhã já há pelo menos dois voos cancelados, mas a esperança de muitos destes passageiros é que nos voos que consigam aterrar - o vento deverá continuar a dificultar a operação - haja lugares. O certo é que muitos dos que amanhã têm o seu voo marcado, vão-se juntar a estes que desesperam, na esperança que o seu voo não tenha a mesma 'sorte'.
Uma boa notícia é que a TAP vai colocar os maiores aviões da sua frota disponível - inclusive o A330 - a operar na Madeira até conseguir embarcar toda a gente.