Carlos Pereira mostra a "incapacidade do Governo Regional" ao não ter plano de contingência
O deputado do PS à Assembleia da República Carlos Pereira colocou, na sua página no Facebook, um texto em que acusa o Governo Regional de "incapacidade" ao não conseguir elaborar um plano de contingência para dar resposta aos constrangimentos criados pelos problemas no aeroporto.
No texto, apresenta sete pontos que justificam a sua posição.
"É muito grave a completa incapacidade de colocar em marcha um plano de contingência sério e eficaz que evite estas situações e que conceda à Região a estabilidade necessária nestas ocasiões que ocorrem com cada vez mais frequência . Porque continuamos a observar estes episódios ano após ano", pergunta.
E dá a resposta:
"1- ausência de coragem política para actuar - aparentemente os interesses instalados impedem uma solução favorável aos madeirenses . Os partidos políticos PSD ( com mais responsabilidade porque governa desde sempre ) e o PS M que retirou da agenda política o tema do transporte marítimo de e para o Porto Santo, aspecto central da única solução viável .
2- incapacidade de desenhar uma alternativa concreta utilizando as infraestruturas disponíveis - o aeroporto do Porto Santo raramente está inoperacional e tem todas as condições para acolher situações de emergência em grande escala ;
3- completa desinteresse em pressionar a ANA a acelerar as obras da gare no aeroporto do Porto Santo de modo a ultrapassar um dos obstáculos ;
4- ausência de entusiasmo na pressão junto de Lisboa para concretizar as obras na placa do aeroporto do Porto Santo para permitir mais estacionamentos de aviões deslocados ;
5- erro grave ao não direcionar os meios disponíveis no quadro financeiro plurianual para a aquisição de uma embarcação de características adequadas a resolver o transporte de passageiros do Porto Santo para a Madeira : deve ser uma embarcação diferente da actual com grande capacidade e capaz de fazer o percurso até ao Caniçal em menos de 1 hora . Incompreensível que as declarações do actual concessionário que “ se houver apoios pode mudar de embarcação “ como se a política de transportes ( ainda por cima de uma ilha) numa democracia com verdadeiro escrutínio pudesse ser decidida nos escritórios de empresas privadas sem a mão forte do governo na defesa do interesse da Região . A haver meios financeiros públicos disponíveis , só encaro com normalidade a existência de um concurso público para escolher a melhor solução ( e essa deve incluir a questão das necessidades do aeroporto de contingência ); 6- estudar financeiramente o custo de toda a operação, detectar os mecanismos de financiamento públicos e privados e preparar calendário de implementação;
6- analisar todas as implicações logísticas com as mudanças de operação para o Porto Santo aquando o mau tempo - designadamente as administrativas, informáticas e de seguranças relacionadas com passageiros e bagagens de modo a desencadear automaticamente os protocolos de mudança;
7- definir com todos os operadores as circunstâncias em que se decide a mudança e o procedimento de informação aos operadores e passageiros .
( espero que a resposta a isto que acabei de explanar não seja a fantasia de um plano de contingência que ninguém sabe bem o que é e o que resolve !)"