“Eu por mim punha mais uns 3 ou 4 meios aéreos”
Albuquerque reage com ironia à posição do presidente da Assembleia que defendeu um segundo meio aéreo para a Madeira
O líder do Governo Regional respondeu com ironia ao apelo de José Manuel Rodrigues, presidente do parlamento madeirense, para que a Madeira tenha um segundo meio aéreo e que este deveria ser assumido pelo Estado.
José Manuel Rodrigues defendeu essa contribuição do Estado na manhã deste domingo, durante numa deslocação à freguesia do Curral das Freiras.
“Eu também acho. Eu por mim punha mais uns 3 ou 4! Mas temos de negociar as coisas”, reagiu Miguel Albuquerque. “Nós assumimos responsabilidades e tudo é pago pelos contribuintes da Madeira”, complementou, aproveitando o tema para criticar a Lei das Finanças Regionais que tiram mais dinheiro às ilhas do que dá em transferências ao abrigo dos compromissos e responsabilidades do Estado.
Presidente do parlamento quer mais dois meios aéreos para a Região
O presidente da Assembleia Legislativa da Madeira, José Manuel Rodrigues, defendeu hoje que o Estado deve assegurar à região mais dois helicópteros para combate a incêndios.
"O que eu proponho é que o Estado ponha na região dois meios aéreos e assuma os custos desses meios aéreos na defesa do território contra incêndios ou outras calamidades para defender também os madeirenses, que são portugueses que estão no Atlântico", afirmou, numa visita às zonas afectadas pelos fogos.
José Manuel Rodrigues considerou que "há uma lição a tirar destes incêndios", sublinhando que "é absolutamente necessário que a região disponha de mais meios de combate aos fogos florestais".
"Essa lição vai no sentido de termos mais meios, quer humanos, quer meios aéreos de combate aos fogos", reforçou.
O presidente do Governo prefere, por seu turno, valorizar os meios que estão ao dispor da Região, nomeadamente o helicóptero multi-mission do Serviço Regional de Protecção Civil.
“Neste momento nós gastamos 3 milhões de euros neste meio aéreo que tem sido de facto uma opção bastante importante”, sublinhou.
Quanto às vozes críticas, Miguel Albuquerque lembra que nem sempre as condições meteorológicas associadas às características orográficas do terreno onde têm ocorrido os incêndios, permitem a operacionalidade do helicóptero. E o vento forte tem sido um obstáculo e a segurança da tripulação está em primeiro lugar. “É necessário talvez fazermos um exercício de memória porque as pessoas por vezes nestas situações as pessoas têm uma tendência para a amnésia”.
Ontem, foi lançada uma petição pública a pedir à Região que solicite o reforço de meios aéreos à República que conta actualmente com pouco mais de 200 assinaturas. Uma outra petição, lançada há 3 dias, intitulada 'Ajuda do Governo da República no combate ao incêndio deflagrado na Serra de Água', juntou até ao momento pouco mais de 1.150 subscritores.
O presidente do Parlamento Regional reconheceu que o helicóptero, cujo custo tem sido assumido pelo Governo insular, tem sido "extremamente útil" e insistiu que "deve ser o Estado a assumir a defesa do território e também das pessoas e bens".
Petição pública defende apoio da República nos incêndios
Foi criada este sábado uma petição pública para pedir o apoio do Governo da República nos incêndios que estão a assolar a Região desta a passada quarta-feira.