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Incêndios Madeira

Ponta do Sol atenta à progressão das chamas receia que fogo chegue ao concelho

Fogo está já bem perto do Paul da Serra. Vento forte que se faz sentir nas serras pode acelerar o avanço das chamas

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Os residentes no concelho da Ponta do Sol que estão expectantes quanto ao progredir das chamas, durante o dia de hoje, pois há um risco elevado de o fogo chegar às serras daquele concelho da zona Oeste. 

Esta manhã, o fogo tem progredido com alguma intensidade na margem direita da Serra de Água, tendo já passado a Fajã das Éguas e a Fajã dos Cedros, ameaçando chegar à zona do Lombo do Mouro, ainda nas serras da Ribeira Brava, mas já bastante perto da Ponta do Sol. 

O DIÁRIO contactou a presidente da Câmara da Ponta do Sol para saber como está a ser acompanhada a situação e que medidas estão a ser equacionadas. Célia Pessegueiro reconhece que há o risco das chamas chegarem ao seu município. O vento poderá ser um grande impulsionador. 

Neste momento, a autarquia liderada pela socialista tem no terreno equipas do Serviço Municipal de Protecção Civil em acções de vigilância, incluindo na zona da Bica da Cana. Consoante o evoluir da situação, a presidente da Câmara pondera recomendar à população para tomar algumas precauções, nomeadamente deslocar o gado que possa estar em pasto, nas serras da Ponta do Sol, sobretudo na parte alta da Lombada, do Pomar de D. João ou da Quinta.

"Só estou a aguardar mais alguma informação, para depois emitir um alerta à população que tem gado nas zonas altas da Ponta do Sol, na Lombada, na Quinta e no Pomar de D. João, para que as pessoas estejam muito atentas e poderam retirar alguns dos seus pertences", vinca a autarca.

Em ponderação está, também, a possibilidade de evacuar as pessoas que possam estar na zona da Bica da Cana, um espaço muito procurado por turistas, para passeios a pé. 

Célia Pessegueiro constata, também, a falta de água que vem sendo sentida deste sexta-feira em algumas localidades do concelho, muito devido ao encaminhamento de água para as zonas vizinhas, que têm sido devastadas pelo fogo. "Essa situação também não nos ajuda muito e temos apelado a consumos mínimos", refere.