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Pelo menos 25 mortos em Gaza e no Líbano em ataques atribuídos a Israel

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Foto EPA

Ataques atribuídos a Israel mataram hoje pelo menos 25 pessoas na Faixa de Gaza e no Líbano, numa altura em que os EUA querem evitar uma escalada do conflito na região. 

O secretário de Estado norte-americano Antony Blinken deverá deslocar-se a Israel durante o fim de semana para tentar "concluir um acordo" com base numa nova proposta de cessar-fogo dos EUA, segundo o Departamento de Estado, citado pela agência AFP.

No terreno, o exército israelita prossegue a sua ofensiva na Faixa de Gaza, desencadeada pelo ataque sem precedentes do Hamas em solo israelita, em 07 de outubro.

A Defesa Civil do território palestiniano anunciou que 15 membros da família Ajlah, incluindo três mulheres e nove crianças, tinham sido mortos num ataque israelita noturno em al-Zawayda, no centro da Faixa de Gaza.

De acordo com o porta-voz da Defesa Civil, Mahmoud Bassal, as crianças mortas tinham idades compreendidas entre os dois e os 17 anos.

"Por volta da 01:00 da manhã, três mísseis atingiram diretamente a casa", disse Ahmed Abou al-Ghoul à AFP, enquanto os palestinianos procuravam entre os escombros e evacuavam os corpos.

"Havia sobretudo crianças e mulheres no interior", acrescentou.

Questionado pela AFP, o exército israelita não comentou esta informação.

Por sua vez, o Hezbollah anunciou ter hoje disparado 'rockets' contra uma cidade do norte de Israel, na sequência de um ataque aéreo israelita no sul do Líbano que, segundo as autoridades libanesas, matou dez pessoas, incluindo duas crianças.

Este ataque, em Nabatieh, foi um dos mais mortíferos desde que o Hezbollah, pró-iraniano, abriu uma frente contra Israel, no dia seguinte ao início da guerra em Gaza.

Na sexta-feira, o presidente norte- americano, Joe Biden, afirmou que um acordo entre Israel e Hamas para um cessar-fogo na Faixa de Gaza está "mais perto do que nunca", após a conclusão de nova ronda negocial.

"É possível que tenhamos algo (...) mas ainda não chegamos lá", afirmou Biden na Sala Oval da Casa Branca, em Washington, questionado pela imprensa sobre os resultados das negociações concluídas em Doha sobre a Faixa de Gaza, sob mediação internacional.

O movimento islamita palestiniano Hamas reagiu hoje, consideando que o anúncio de Biden sobre um "quase" acordo para Gaza é "uma ilusão" e falou em "enorme retrocesso nas negociações".

Israel declarou em 07 de outubro do ano passado uma guerra na Faixa de Gaza para erradicar o Hamas, horas depois de este ter realizado em território israelita um ataque de proporções sem precedentes, matando 1.194 pessoas, na maioria civis.

Desde 2007 no poder em Gaza e classificado como organização terrorista pelos Estados Unidos, a União Europeia e Israel, o Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) fez também nesse dia 251 reféns, 111 dos quais permanecem em cativeiro e 41 morreram entretanto, segundo o mais recente balanço do Exército israelita.

As negociações em Doha foram retomadas na quinta-feira, dia em que o número de mortes na Faixa de Gaza em resultado da ofensiva israelita ultrapassou os 40 mil, na maioria civis, de acordo com as autoridades locais controladas pelo Hamas.