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Macau pede a residentes para reforçarem prevenção e vacinação

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Foto Shutterstock

Os Serviços de Saúde de Macau pediram aos residentes para reforçarem a prevenção devido a propagação do vírus monkeypox (mpox) e "às pessoas de alto risco" para se vacinarem.

Além disso, as autoridades sanitárias apelaram para os profissionais de saúde se manterem em alerta, depois de a Organização Mundial de Saúde (OMS) ter declarado a situação de emergência sanitária internacional, na quarta-feira, de acordo com um comunicado divulgado na sexta-feira.

No ano passado, os Serviços de Saúde adquiriram a vacina, disponibilizada aos profissionais de saúde de alto risco. Em setembro e dezembro, Macau registou dois casos da chamada "varíola dos macacos".

Na sexta-feira, a China anunciou o reforço das medidas de vigilância nas fronteiras para evitar a propagação do vírus monkeypox (mpox), obrigando todos os aviões e navios provenientes de zonas afetadas pela doença a cumprir medidas sanitárias, estabelecendo protocolos de rastreio para os viajantes provenientes de regiões com surtos ativos da doença, sobretudo através da deteção de sintomas como febre, dores de cabeça e erupções cutâneas nos viajantes.

Vão ser ainda efetuados controlos sanitários minuciosos aos veículos, contentores e mercadorias provenientes das zonas afetadas, num conjunto de medidas que vai estar em vigor nos próximos seis meses.

Esta é a segunda vez em dois anos que a doença infecciosa é considerada uma potencial ameaça para a saúde internacional, um alerta que foi inicialmente levantado em maio do ano passado, depois de a propagação ter sido contida e a situação ter sido considerada sob controlo.

A nova variante de mpox pode ser facilmente transmitida por contacto próximo entre dois indivíduos, sem necessidade de contacto sexual, e é considerada mais perigosa do que a variante de 2022.

Ao contrário de surtos anteriores, em que as lesões eram visíveis sobretudo no peito, mãos e pés, a nova estirpe causa sintomas moderados e lesões nos genitais, tornando-o mais difícil de identificar, o que significa que as pessoas podem infetar terceiros sem saber que estão infetadas.

O mpox foi descoberto pela primeira vez em seres humanos em 1970, na atual RDCongo (antigo Zaire), com a propagação do subtipo Clade I (do qual a nova variante é uma mutação), que desde então tem estado principalmente confinado a países da África Ocidental e Central, onde os doentes são geralmente infetados por animais infetados.

Em 2022, uma epidemia mundial do subtipo clade II propagou-se a uma centena de países onde a doença não era endémica, afetando principalmente homens homossexuais e bissexuais.