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Madeira

CDU denunica "crime" no Parque Ecológico do Funchal

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A CDU realizou, nesta sexta-feira, na freguesia do Monte, acima do Terreiro da Luta, uma iniciativa política sobre "lugares do crime" e "obras criminosas", onde se confirma a "mão criminosa dos governantes" em situações que atentam contra o superior interesse público na Região Autónoma da Madeira.

Na zona sul do Parque Ecológico do Funchal, Edgar Silva afirmou que "o licenciamento de uma pedreira e britadeira naquela área contraria princípios fundamentais que deveriam regular aquele ordenamento do território e constitui um atentado à defesa da diversidade geológica e biológica".

O Parque Ecológico do Funchal deveria desempenhar um papel fundamental na proteção dos ecossistemas. Contudo, ter uma pedreira e uma britadeira naquela área só atenta contra a conservação da diversidade biológica. Por isso, aquele é um dos "lugares do crime" em que os governantes atentam contra o interesse público, uma vez que prolongam aquela actividade industrial em zona verde, destruindo os ecossistemas Edgar Silva, CDU

Para a CDU, o Parque Ecológico do Funchal deveria ser "um espaço natural e de protecção ambiental". Porém, permitir a perpetuação de uma actividade poluente e destrutiva, aquela pedreira e britadeira no Parque Ecológico do Funchal, contraria tudo quanto deveria ser uma estratégia de conservação da natureza".

Aquela actividade industrial tornou-se num dos "lugares do crime" e uma dos empreendimentos criminosos pelo que comportam de responsabilidades diretas dos governantes numa obra que está desfigurando a paisagem e agredindo o ambiente. É uma tremenda incoerência ter uma pedreira e britadeira em intensa actividade no Montado do Coelho, no Funchal. Para além de ser um foco de poluição nas serras do Parque Ecológico do Funchal, aquela actividade industrial mata toda aquela zona verde, o seu património ecológico e a sua riqueza em termos de ecossistema natural».

O dirigente da CDU afirmou ainda que "não basta que esteja licenciada aquela actividade industrial" para que tenha plena legitimidade, como acontece no Montado do Coelho, acima do Terreiro da Luta. "Ali, como noutros lugares, o licenciamento em zonas de Parque Natural e em áreas do Parque Ecológico apenas confirmam não só como são poderosos os interesses em causa, mas também como o poder político, que licencia tais práticas, está subjugado aos poder económico", concluiu.