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Trump diz que se vencer eleições vai ser "amigável" com Irão mas sem nuclear

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O ex-presidente Donald Trump afirmou hoje que, se vencer as eleições de novembro, será "amigável" com o Irão, mas garantirá que os iranianos não continuem a enriquecer urânio para fabricar armas nucleares.

"Espero que sejamos amigáveis, mas eles não podem ter uma arma nuclear porque quando a tiverem será um mundo completamente diferente", disse o candidato republicano numa conferência de imprensa a partir do seu clube de golfe privado em Bedminster, na Nova Jérsia.

Trump aproveitou para se referir à sua visão geopolítica caso regresse à Casa Branca, dizendo que durante o seu mandato não houve uma guerra aberta na Faixa de Gaza ou uma guerra na Ucrânia porque a comunidade internacional o "respeita".

"Nunca teríamos tido o Hamas, porque o Hamas não tinha dinheiro, e porque o Irão não tinha dinheiro. Eu disse à China e a todos os outros países que se comprassem [recursos] ao Irão, não poderiam fazer negócios nos Estados Unidos", acrescentou.

Sobre as relações internacionais, Trump disse ainda que, se regressar à presidência, os EUA "não terão problemas com a China, nem com Taiwan, a Rússia ou a Ucrânia".

Na política nacional Trump disse na conferência de imprensa que os americanos estão a enfrentar aumentos maciços de preços, culpando a vice-presidente Kamala Harris.

O ex-presidente dos Estados Unidos procurou sobrecarregar a rival democrata com o historial económico impopular do presidente Joe Biden: "Ela é uma liberal radical da Califórnia que quebrou a economia, quebrou a fronteira e quebrou o mundo", disse Trump aos jornalistas.

Trump apresentou-se rodeado de produtos de mercearia populares, incluindo café instantâneo, cereais de pequeno-almoço e pastelaria, dispostos em mesas enquanto salientava o custo de tudo, desde a alimentação ao seguro automóvel e à habitação.

A conferência de imprensa Trump aconteceu um dia depois de o Ministério do Trabalho ter anunciado que a inflação homóloga tinha atingido em julho o seu nível mais baixo em mais de três anos, último sinal de que o pior aumento de preços das últimas quatro décadas está a desaparecer.

Mas os consumidores ainda estão a sentir o impacto dos preços mais elevados, e a campanha de Trump está a apostar nesse fator para motivar os americanos para as eleições.

Por seu turno, Kamala Harris está a planear o seu próprio discurso sobre política económica para sexta-feira, na Carolina do Norte, prometendo promover a proibição federal da subida dos preços das mercearias.

Horas antes da conferência de imprensa, os líderes da campanha de Trump anunciaram que estavam a expandir a sua equipa, trazendo formalmente para o seu seio uma série de antigos assessores e conselheiros externos: Corey Lewandowski, Taylor Budowich, Alex Pfeiffer, Alex Bruesewitz e Tim Murtaugh irão aconselhar a direção da campanha.

Lewandowski foi o primeiro diretor de campanha de Trump durante a sua campanha de 2016, Budowich e Pfeiffer estão a transitar da MAGA Inc., Bruesewitz produz conteúdo pró-Trump para um grande número de seguidores nas redes sociais, e Murtaugh foi o diretor de comunicação da campanha de Trump em 2020.