Hezbollah dispara 25 'rockets' contra o norte de Israel
O grupo xiita libanês Hezbollah lançou hoje à noite 25 'rockets' em direção ao norte de Israel, num ataque que não causou danos ou feridos, adiantaram os meios de comunicação social da região.
O jornal The Times of Israel, que citou as Forças Armadas de Israel (IDF, na sigla em inglês), referiu que os 'rockets' atingiram zonas abertas sem causarem danos ou feridos.
As sirenes de alarme soaram na região de Mount Meron, incluindo nas localidades de Hurfeish, Elkosh, Fassuta e Beit Jann, de acordo com a mesma fonte.
Na sua página na rede social Telegram, as IDF tinham anunciado que as sirenes tocaram pelas 23:30 (21:30 em Lisboa).
O Hezbollah reivindicou a autoria do ataque contra o norte de Israel, referindo que teve com objetivo atingir uma base militar naquela área, de acordo com a estação Al-Jazeera.
Pouco depois, pelas 00:30 de quarta-feira (22:30 de hoje em Lisboa), as IDF reportaram que as sirenes estavam a tocar no sul do país, perto da Faixa de Gaza, num alerta que explicaram depois ser um "falso alarme".
As IDF denunciaram também que o Hamas efetuou hoje disparos contra uma rota humanitária na zona de Rafah, no sul do enclave, na fronteira com o Egito.
Como consequência, esta rota humanitária foi temporariamente encerrada "uma vez que a área constitui agora uma zona de combate ativa", sublinharam as forças israelitas.
"As organizações terroristas na Faixa de Gaza continuam a aproveitar todas as oportunidades para realizar ataques terroristas contra o Estado de Israel à custa dos civis de Gaza, nomeadamente através do abuso das rotas humanitárias e da ajuda atribuída à população civil", vincaram ainda as IDF numa nota no Telegram.
Israel intensificou a campanha de bombardeamentos contra o Líbano na sequência dos assassínios seletivos do comandante máximo do Hezbollah, Fuad Shukr, em Beirute, e do líder político do movimento islamita palestiniano Hamas, Ismail Haniyeh, em Teerão, que originaram um aumento da tensão regional.
O Irão e o Hezbollah ameaçaram com represálias, mas duas semanas após os assassínios, atribuídos a Israel, ainda não ocorreu qualquer resposta, apesar de os Estados Unidos já terem admitido uma ação de retaliação esta semana.
Neste contexto, Estados Unidos, Qatar e Egito anunciaram uma reunião para quinta-feira com o objetivo de obter um cessar-fogo entre Israel e o Hamas, e que também poderá implicar o fim das hostilidades no sul do Líbano.
A guerra em curso entre Israel e o Hamas foi desencadeada por um ataque sem precedentes do grupo islamita palestiniano em solo israelita, em 07 de outubro de 2023, que causou cerca de 1.200 mortos e mais de duas centenas de reféns, segundo as autoridades israelitas.
A retaliação israelita na Faixa de Gaza causou quase 39.900 mortos, afirmou hoje o Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, que não avançou um número de civis e combatentes mortos.