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Hamas diz que refém israelita foi morto pelos seus guardas em Gaza

FOTO DR
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O porta-voz do braço armado do Hamas anunciou ontem que os seus combatentes "mataram um refém" e "feriram duas reféns mulheres" em "dois incidentes separados" na Faixa de Gaza, onde permanecem retidos 111 israelitas civis e militares.

"Dois dos nossos soldados que fazem guarda aos cativos do inimigo abriram fogo contra um refém sionista, matando-o de imediato", indicou em comunicado Abu Obeida, porta-voz das Brigadas Qassam.

No segundo "incidente separado, duas mulheres ficaram gravemente feridas e "estão a ser assistidas para tentar mantê-las com vida", acrescentou Abu Obeida.

"O Governo sionista é totalmente responsável pelos massacres e pelas reações resultantes que afetam as vidas dos prisioneiros sionistas", prosseguiu, referindo que "foi constituída uma comissão de inquérito para conhecer os detalhes que serão divulgados posteriormente".

Dos 251 sequestrados nos ataques do Hamas em 07 de outubro, permanecem no enclave 111 detidos com pelo menos 39 já mortos, segundo o Exército israelita, ou mais de 70, segundo o movimento islamita palestiniano.

Desde o início do atual conflito, Israel e o Hamas apenas garantiram um acordo de tréguas de uma semana em finais de novembro, que permitiu a libertação de 105 reféns a troco de 240 prisioneiros palestinianos.

Do total de detidos, quatro reféns foram libertados pelo Hamas em outubro, sete resgatados pelo Exército -- um soldado em outubro, dois em Rafah em fevereiro e quatro em Nuseirat em junho -- enquanto foram recuperados os corpos de 24 reféns, três dos quais mortos por erro pelas tropas israelitas em dezembro no bairro de Shujaiya, na cidade de Gaza.

A guerra em curso entre Israel e o Hamas foi desencadeada por um ataque sem precedentes do grupo islamita palestiniano em solo israelita, em 07 de outubro de 2023, que causou cerca de 1.200 mortos e mais de duas centenas de reféns, segundo as autoridades israelitas.

Segundo o exército israelita, entre as 251 pessoas sequestradas, 111 permanecem retidas em Gaza, das quais 39 já morreram.

Após o ataque do Hamas, Israel desencadeou uma ofensiva em grande escala na Faixa de Gaza, que já provocou perto de 40 mil mortos -- onde se incluem pelo menos 14.000 crianças --, cerca de 92.000 feridos e um desastre humanitário, desestabilizando toda a região do Médio Oriente.

Desde o início do dia de ontem, e segundo as autoridades locais do Hamas, pelo menos 30 palestinianos foram mortos em bombardeamentos israelitas no enclave.