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Rússia acusa comandantes ucranianos de terrorismo por invasão a Kursk

FOTO DR
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A Rússia acusou hoje dois oficiais das Forças Armadas ucranianas de crimes de terrorismo, devido à incursão lançada na semana passada na região russa de Kursk, que permitiu a Kiev controlar cerca de 30 localidades.

A justiça russa identificou os comandantes Vladimir Pipko e Emil Ishkulov, "suspeitos de atos de terrorismo, homicídio e tentativa de homicídio", adiantou a porta-voz da Procuradoria-Geral da Federação Russa, Svetlana Petrenko, citada pela agência de notícias estatal russa TASS.

Petrenko salientou ainda que os oficiais ucranianos são suspeitos de terem dirigido ataques seletivos contra a população civil e infraestruturas.

A mesma fonte descreveu um caso em que um grupo de pessoas foi alvo de um 'drone' ucraniano quando deixavam o mosteiro de São Nicolau Gornalsky, no distrito de Sudzhansky, referindo que o ataque causou pelo menos um morto.

As forças ucranianas desencadearam na passada terça-feira uma incursão na região fronteiriça russa de Kursk, a mais importante desde a invasão em larga escala da Ucrânia pelas forças russas em fevereiro de 2022.

Como resultado dos últimos ataques ucranianos, pelo menos doze pessoas morreram e mais de uma centena ficaram feridas e mais de 120 mil pessoas foram deslocadas.

A Ucrânia reivindicou hoje o controlo de 1.000 quilómetros quadrados de território russo na região fronteiriça de Kursk.

"Continuamos a efetuar operações ofensivas na região de Kursk. Neste momento, controlamos cerca de 1.000 quilómetros quadrados do território da Federação da Rússia", declarou o comandante das Foças Armadas ucranianas, Oleksandre Syrsky, durante uma reunião com o Presidente Volodymyr Zelensky.

Pela primeira vez, o chefe de Estado ucraniano confirmou que forças militares ucranianas estão a atuar no interior da região de Kursk.

Zelensky emitiu uma declaração através da rede social Telegram, onde elogia os soldados e comandantes "pela sua persistência e ações decisivas".

Embora a Ucrânia esteja a atacar as zonas fronteiriças há meses, esta é a primeira vez que avança em território russo.