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Parlamento madeirense abre portas para a exposição 'A Madeira e os Ventos da Emigração'

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A mostra itinerante 'A Madeira e os Ventos da Emigração', promovida pela Direcção Regional das Comunidades e Cooperação Externa (DRCCE), que retrata a realidade da Região e o fenómeno migratório desde o início do século XX até à Autonomia (1976), pode ser admirada na Assembleia Legislativa da Madeira, a partir deste mês de Agosto e até Dezembro de 2024.

A mostra da DRCCE, teve como parceiros o Museu de Fotografia da Madeira – Atelier Vicente's e o Centro de Estudos História do Atlântico, e o apoio da Assembleia Legislativa da Madeira.

Com curadoria da ex-jornalista Sara Moura, a exposição é composta por 85 fotografias, algumas inéditas, que retratam a sociedade madeirense nos três primeiros quartéis do século XX, e o quotidiano das suas gentes que, vivendo uma realidade marcada pelo fosso entre ricos e pobres, se viram forçadas a emigrar em busca de melhores condições de vida, acabando por levar o nome e a herança cultural da Madeira além-fronteiras.

Está dividida em seis capítulos. O primeiro mostra o Funchal, 'A Capital Cosmopolita', a primeira cidade construída por europeus fora da Europa. O segundo demonstra os "Visitantes Ilustres". Seguem-se os capítulos 'Ilhas de Contrastes', a 'Descoberta de Novos Mundos', a 'Guerra Colonial', e por último os 'Navios de Emigração'.

Um vídeo dá as boas vindas à apresentação que tem por objetivos recordar a história da emigração madeirense e dar a conhecer aos mais jovens este momento histórico e o fenómeno migratório na Região.

O projeto presta, também, homenagem a todos os emigrantes, que um dia tiveram de emigrar para terras distantes, enaltecendo a força, a coragem, a resistência e o empreendedorismo dos madeirenses, que na mala levavam saudade, lágrimas e uma vontade inabalável de vencer na vida.

Pretende, ainda, promover valores como a tolerância, respeito entre culturas, solidariedade entre povos, diálogo e cooperação no sentido de promover a paz e a coexistência pacifica. Esta é a prova de como os madeirenses foram bem acolhidos nos vários países estrangeiros, um acolhimento que se pretende ver repetido em todas as partes do mundo, inclusive na Madeira que nos últimos anos tem sido terra de acolhimento, principalmente para as famílias que regressam da Venezuela em busca de melhores oportunidades.

A exposição itinerante começou a percorrer a Região em julho do ano passado. Esteve patente no Palácio do Governo (Funchal), no Centro Cultural John dos Passos (Ponta do Sol), no Fórum Machico (Machico), no Museu Etnográfico da Madeira (Ribeira Brava), na Câmara do Funchal (Funchal), e um ano depois pode ser apreciada na Assembleia Legislativa da Madeira.

As portas estão abertas ao público de segunda a sexta-feira, entre as 9 da manhã e as 18 horas. A entrada é gratuita.

As segundas-feiras estarão reservadas para visitas guiadas com a curadora da mostra.