Ataque russo com mísseis norte-coreanos foi "terrorista", diz Zelenski
O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, qualificou de "terrorista" um ataque russo com quatro mísseis norte-coreanos KN 23 que causou, pelo menos, dois mortos e vários feridos.
"Este é um ataque terrorista deliberado contra a Ucrânia", sublinhou Zelensky na sua conta do Telegram, na qual escreveu que um homem e o filho de quatro anos foram mortos em Brovary, perto de Kiev.
Zelenski apelou aos aliados do país para que tomem "decisões firmes" e levantem as restrições às "ações defensivas" da Ucrânia, referindo-se à proibição da utilização de mísseis ocidentais de longo alcance, como o ATACSM, contra alvos militares, como aeródromos, dentro do território russo.
Só esta semana, a Rússia lançou mais de 30 mísseis e mais de 800 bombas aéreas guiadas contra a Ucrânia, disse o Presidente.
"Os russos não têm restrições geográficas à utilização de tais armas: desde os primeiros dias da guerra em grande escala, todo o território do nosso país tem estado sob a ameaça de um ataque constante", sublinhou Zelensky.
O comandante da Força Aérea, general Mikola Oleshchuk, afirmou hoje que, embora os mísseis norte-coreanos KN-23 raramente atinjam os seus objetivos, representam um grande perigo para a população.
"Embora raramente atinjam os alvos pretendidos, os mísseis balísticos KN-23 representam uma séria ameaça para a população. Tomem cuidado convosco e com os vossos entes queridos", escreveu Oleshchuk no seu canal Telegram.
Entretanto, o exército russo reconheceu hoje que as tropas ucranianas tinham penetrado profundamente na região de Kursk, afirmando ter travado os seus avanços perto de três localidades situadas a cerca de trinta quilómetros em linha reta da fronteira.
Em comunicado, o exército afirma ter impedido "tentativas de penetração" de "grupos blindados móveis" inimigos perto das localidades de Tolpino, Jouravli e Obchtchi Kolodez.