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Portugal e Brasil defendem transparência e respeito pelas liberdades cívicas

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 O ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal disse ontem que "teve uma nova conversa" com o homólogo brasileiro sobre a situação na Venezuela e que "ambos os países defendem a transparência eleitoral e o respeito pelas liberdades cívicas".

"O MNE [ministro dos Negócios Estrangeiros] teve uma nova conversa com o MRE [ministro das Relações Exteriores] do Brasil, seguindo o diálogo intenso sobre a situação na Venezuela, em que ambos os países defendem a transparência eleitoral e o respeito pelas liberdades cívicas", pode ler-se numa publicação do Ministério dos Negócios Estrangeiros na rede social X.

Na mesma mensagem afirma-se que Portugal "apoia a iniciativa conjunta do Brasil, Colômbia e México", numa alusão ao papel de mediadores que está a ser assumido pelos três países com governos de esquerda na região, após umas eleições presidenciais em que Nicolás Maduro foi reeleito, com a oposição a falar em fraude eleitoral.

A Venezuela, país que conta com uma expressiva comunidade de portugueses e de lusodescendentes, realizou eleições presidenciais no passado dia 28 de julho, após as quais o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) atribuiu a vitória a Maduro com pouco mais de 51% dos votos, enquanto a oposição afirma que o seu candidato, o antigo diplomata Edmundo González Urrutia, obteve quase 70% dos votos.

A oposição venezuelana e diversos países da comunidade internacional denunciaram uma fraude eleitoral e exigiram que sejam apresentadas as atas de votação para uma verificação independente, o que o CNE diz ser inviável devido a um "ciberataque" de que alegadamente foi alvo.

Os resultados eleitorais têm sido contestados nas ruas, com manifestações reprimidas pelas forças de segurança, com o registo de cerca de duas mil detenções e de mais de duas dezenas de vítimas mortais.