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Israel pede cautela a cidadãos fora do país por possíveis represálias

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O Conselho de Segurança Nacional de Israel pediu hoje aos seus cidadãos para que "tomem maiores precauções" em viagens ao estrangeiro, por possíveis represálias por parte do Irão, Hezbollah ou Hamas, após os ataques em Beirute e Teerão.

"Existe a possibilidade de tentarem implementar as suas reações contra alvos israelitas/judaicos no estrangeiro, tais como: embaixadas, sinagogas" e locais semelhantes, pode ler-se no comunicado deste órgão.

As autoridades temem que a atual escalada de tensão no Médio Oriente também motive os movimentos e indivíduos 'jihadistas' a realizar ataques contra israelitas.

"Recomenda-se à população que examine seriamente o grau de necessidade de chegar a um país com um nível de alerta médio e superior", referem as autoridades, que incluíram estados como a Turquia ou o Afeganistão nestes grupos.

A segurança nacional apelou ainda às comunidades judaicas no estrangeiro que habitam espaços como sinagogas, restaurantes kosher e outros tipos de empresas israelitas para tomarem precauções extremas, uma vez que "são um alvo importante para elementos terroristas".

A região vive um pico de tensão marcado pelas ameaças do Irão e do Hezbollah de retaliar Israel pela morte do líder político do Hamas, Ismail Haniyeh, e do comandante do grupo pró-iraniano Hezbollah, Fouad Chokr.

No caso de Haniyeh, Israel não confirmou nem negou a sua responsabilidade no ataque ao território iraniano.

Além disso, o Hamas apelou ao mundo árabe, e especificamente a todo o povo palestiniano da Cisjordânia, para sair às ruas na sexta-feira, para um "dia de ira avassaladora", em protesto pela morte do seu líder político.

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, garantiu hoje na reunião com o Comando da Frente Interna do Exército que o país está preparado para "qualquer cenário, defensivo ou ofensivo" neste contexto.

Durante a reunião, o líder israelita congratulou-se com a confirmação, hoje, da morte de Mohamed Deif, o número dois do Hamas em Gaza e chefe do braço armado do grupo, as Brigadas al-Qasam.

"Foi o homem mais procurado por Israel durante muitos anos", afirmou o Presidente durante a reunião.

De facto, Israel considerava-o o cérebro - juntamente com o líder do Hamas em Gaza, Yahya Sinwar - dos atentados de 07 de outubro de 2023 no seu território, que fizeram perto de 1.200 mortos e 250 raptados, e desencadearam a atual guerra em Gaza, com mais de 39.400 palestinianos mortos.

Para eliminar Deif, o exército bombardeou a "zona humanitária" de Mawasi em 13 de julho, num ataque que matou 90 palestinianos e feriu outros 300.

O bombardeamento matou também Rafaa Salameh, comandante da Brigada Khan Yunis das Brigadas al-Qasam e braço direito de Deif.