“Descansem as hostes porque não me tomo a baixezas vis”, diz pároco José Luís Rodrigues
Pároco José Luís Rodrigues usa as redes sociais para alguns considerandos sobre as nomeações pastorais
Depois de conhecidas as novas nomeações pastorais da Diocese do Funchal, publicadas a 25 de Julho, ficou-se a saber que o passaria a ficar apenas com a paróquia de São José. Para a paróquia de São Roque, onde estava há largos anos, vai o pároco João Carlos da Costa Gomes.
Hoje, e cumprida uma semana do anúncio, o pároco usou a sua rede social Facebook para tecer alguns comentários e mostrar-se com “alguma pena” do Bispo do Funchal.
“A semana passada, tivemos as nomeações de mudanças de párocos. O sr. bispo revelou-se cansado outra vez para o que lhe interessa ou alimenta a alma. Apenas nomeou. Não dispensou ninguém como sempre tem sido e como deveria ser. Porque até não sei se isso não levanta algum problema de legitimidade jurídico-canónico, deixo isso para o especialista em Direito Canónico, o neo-Vigário-Geral da Diocese do Funchal”.
E continua: “o meu nome não consta, bem, eu até sei e já me convenci há muito tempo que o meu nome não serve para nada e que não conta nos planos da diocese. Por mim, tudo bem. Afeta um pouco, mas não muito”.
José Luís Rodrigues que explica que toda a gente ficou sabendo o que se vai passar pelo diz-se diz-se, por alguma comunicação social e pela sua palavra na igreja, mas não sabe oficialmente por quem de direito que a Paróquia de São Roque tinha Pároco e que este seria dispensado para entrar um novo. “Por mim não me sinto lesado, mas acho que zela na falta de respeito a um povo, uma comunidade e uma paróquia que celebrou este ano os seus vetustos 445 anos. Eu não sei o que é que categoriza as pessoas e as situações, porque procuro tratar tudo por igual, mas que há coisas esquisitas, lá isso há”.
E mais, aponta: “O sr. bispo Nuno Brás não apresentou nenhum critério para serem as coisas deste feitio no seu pomposo decreto sobre as nomeações das mudanças de párocos 2024-2025. Até porque na dispensa do Vigário Geral cessante e para o que entrava deixou bem claro no decreto publicado, que seriam dispensados e assumiriam novas funções ou mantinham as anteriores. Duplos critérios? Ou duplas categorias?”
Leia aqui outras das considerações do pároco:
“As entradas dos novos párocos é outra revelação de duplicidade de critérios, importâncias e categorias. Siga o barco para o abismo que a banda não larga de tocar.
Não havendo critério válido para que o meu nome não constasse no decreto das nomeações dos «soldados rasos» (essas malditas patas rapadas dos padres ou párocos) da diocese, tomo como uma vingança fria ou uma fuga para a frente com medos injustificáveis.
Não fosse a minha vontade de me sentir mais aliviado dos encargos que me saturam em cansaços, para todos os efeitos, recusar-me-ia sair sem que houvesse uma justificação plausível para o sucedido.
Mas, descansem as hostes porque não me tomo a baixezas vis que não adiantam nada para as pretensões dos bens mais elevados que se almeja, principalmente, a saúde mental e espiritual do visado”.