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Madeira

GR “não vai cumprir na íntegra a promessa anunciada há três anos”, afirma o JPP

As "36 camas da unidade de cuidados continuados esfumaram-se"

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O Juntos pelo Povo (JPP), em comunicado remetido esta tarde, diz que “confirma-se a suspeita” de que o Governo Regional não vai cumprir na íntegra a promessa anunciada há três anos de transformar a Escola de São Jorge em lar com uma valência de cuidados continuados. Do projeto inicial, sobrevive apenas as 36 camas do lar, as outras 36 camas da unidade de cuidados continuados esfumaram-se.

“A confirmação deste retrocesso surge de dentro da própria secretaria regional da Inclusão e Juventude, menos de 24 horas depois de o JPP ter denunciado em conferência de imprensa que Miguel Albuquerque falhava a promessa do Lar de S. Jorge, em Santana, situação que confirma a seriedade e a importância das ações do JPP na vida das populações”, refere.

Na abordagem pública deste assunto, realizada ontem, o JPP referiu que a Atalaia Living Care, IPSS, entidade a quem o Governo Regional concedeu a concessão e exploração da antiga escola para a transformar num lar, havia perdido parte do financiamento do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) “devido a atrasos no processo de apresentação da candidatura para a componente dos cuidados continuados, situação que, aparentemente, estará salvaguardada para a valência de lar”.

Quarta-feira, já noite alta, a secretaria regional da Inclusão e Juventude fez publicar na imprensa a informação de que recebeu, no âmbito do PRR “uma candidatura para o projeto ‘São Jorge Living Care’, visando a criação de 36 novas camas numa nova Estrutura Residencial para Pessoa Idosos”.

“A informação oficial nada diz sobre a perda de fundos do PRR e ignora por completo uma parte substantiva da promessa de Miguel Albuquerque, anunciada há três anos, de transformar a antiga escola em lar para a terceira idade, com 36 camas, dotado de uma valência de cuidados continuados integrados com outras 36 camas”.

Albuquerque também garantiu na altura que a nova estrutura social iria gerar 60 novos postos de trabalho, tendo afirmado: “Há uns que só falam em ideias e não acontece nada”. De facto, durante três anos nada aconteceu, o anunciado agora também não corresponde ao prometido e o projeto só volta a ser falado porque o JPP trouxe a público.

Em nota à imprensa, o partido liderado por Élvio Sousa diz que ficam muitas questões por esclarecer, nomeadamente de quem é a responsabilidade por a valência de cuidados continuados ficar fora do projeto; que soluções alternativas apresenta a secretaria regional da Inclusão para assegurar a prometida unidade de cuidados continuados, ou vai privar a população idosa de Santana de uma estrutura fundamental para enfrentar a vulnerabilidade da idade.

O JPP diz que "este imbróglio com o Lar de S. Jorge vem dar razão ao JPP quando pergunta se alguém aceitaria ser fiador de Albuquerque e do PSD, porque incapazes de cumprir com a sua própria palavra”.