Despesas em Investigação e Desenvolvimento na Região cresceram em 2022
O peso da despesa em investigação e desenvolvimento (I&D) no Produto Interno Bruto (PIB), na Madeira, em 2022, foi de 0,40%, menos 0,05 pontos percentuais do que em 2021, quando esse indicador se fixou em 0,45%.
Segundo os dados hoje divulgados pela DREM, a Área Metropolitana de Lisboa (2,01%) e o Norte (1,99%) apresentam-se como as regiões com melhor performance neste indicador. Substancialmente abaixo da média nacional (1,70%), mas relativamente próximas entre si, surgem as regiões da RAM (0,40%), RAA (0,46%) e do Algarve (0,47%). A redução do rácio observada na RAM, resulta do facto de o aumento da despesa em I&D (numerador) ter sido inferior ao acréscimo apurado para o PIB nominal (denominador).
"A proporção de pessoal ao serviço (equivalente a tempo integral – ETI) em actividades de I&D na população activa era, em 2022, na RAM, de 4,5 em cada mil activos, representando uma ligeira subida em relação ao ano anterior (4,2‰). Por sua vez, o rácio para os investigadores fixou-se nos 0,31%", indica a mesma nota.
A Madeira contava 80 unidades de investigação em 2022, o que representava mais 14 do que no ano anterior. Estas empregavam 597 pessoas (ETI), mais 56 face ao ano anterior. A maior parte destes efectivos concentrava-se nas Empresas (45,7%), seguindo-se o Estado (27,8%), onde está incluída a Administração Pública Regional e a Administração Local, e, por fim, o Ensino Superior (26,5%).
"O valor da despesa em I&D rondou, em 2022, os 23,9 milhões de euros, +5,8% que no ano precedente (22,6 milhões de euros). Neste ano, foram as Empresas que lideraram as atividades de I&D na RAM no que se refere à despesa executada, realizando 51,4% da despesa naquela vertente, seguidas do Estado (25,8%) e do Ensino Superior (22,8%). De sublinhar que, desde o início da série e pelo quarto ano consecutivo, as empresas concentram a maior fatia de despesa em I&D, posição antes ocupada pelo Ensino Superior (entre 2003 e 2018)", indica ainda.
O Estado tem-se apresentado como o principal financiador da despesa em I&D na RAM, concentrando metade (52,4%) do total em 2022, seguido das empresas com 39,8%. O financiamento do Estado foi de 12,5 milhões de euros, +11,4% que em 2021.
"No ano em referência, a área científica ou tecnológica onde foi realizada mais despesa em I&D, na RAM, foi a das ciências naturais, o que sucede pela primeira vez, desde o início da série. Com efeito, em 2022, a despesa realizada em I&D na área das ciências naturais situou-se nos 2,6 milhões de euros (+5,8% que em 2021), seguindo-se as ciências exatas, com 2,5 milhões de euros (+10,4% em relação ao ano transato), e as ciências sociais, humanidades e artes, com 2,4 milhões de euros (-12,3% face a 2021)", termina.