DNOTICIAS.PT
Mundo

Saiba o que hoje é notícia

None

A ministra da Administração Interna volta hoje a reunir-se com os sindicatos da PSP e associações da GNR, um dia depois de o primeiro-ministro dizer que espera um acordo quanto ao suplemento de risco dos polícias.

Na véspera de mais esta ronda negocial, o líder do PSD e chefe do Governo, Luís Montenegro, escolheu uma reunião do partido, na segunda-feira à noite, para dizer: "Ainda tenho a esperança que [um acordo] possa ser alcançado, assim os sindicatos e as associações socioprofissionais façam a sua ponderação e reflexão finais."

Depois de Margarida Blasco não ter chegado a acordo com as estruturas sindicais e associativas das forças de segurança na reunião de 04 de junho e de o primeiro-ministro ter afirmado que Governo não vai colocar "nem mais um cêntimo" na proposta para as polícias, os sindicatos da PSP e associações da GNR voltam hoje ao Ministério da Administração Interna (MAI), mas sem esperança de que o executivo aumente em pelo menos 400 euros o suplemento de risco.

O Governo propõe um aumento de 300 euros no suplemento de risco da PSP e GNR, valor que seria pago de forma faseada até 2026, passando o suplemento fixo dos atuais 100 para 400 euros, além de se manter a vertente variável de 20% do ordenado base.

Segundo esta proposta do Governo, os 300 euros de aumento seriam pagos por três vezes, sendo 200 euros este ano e os restantes no início de 2025 e 2026, com um aumento de 50 euros em cada ano.

Como contraposta, a plataforma dos sindicatos da PSP e associações da GNR, que inicialmente pediu 600 euros de aumento, propõe agora um aumento de 400 euros pago em três vezes: 200 euros este ano, 100 euros em 2025 e outros 100 em 2026.

No entanto, esta proposta da plataforma não foi subscrita por dois sindicatos da PSP que integram aquela estrutura, designadamente o Sindicato dos Profissionais da Polícia (SPP) e do Sindicato Nacional da Polícia (Sinapol).

Hoje, também é notícia:

CULTURA

O festival CoolJazz abre hoje em Cascais com a atuação da dupla francesa Air, numa edição cujo cartaz inclui Diana Krall, Chaka Khan, Jamie Cullum, Dino D'Santiago e Maro.

Hoje atuam também Lana Gasparotti e Marwan, um dos vencedores do concurso de novos talentos do festival. Depois dos Air, haverá um DJ set do jornalista Pedro Dias de Almeida.

Morcheeba, Rogério Pitomba Trio, Salamandra, Fat Freddy's Drop, Expresso Transatlântico, Gisela Mabel, Inês Marques Lucas e Guilherme Melo são outros nomes para esta edição que encerra em 31 de julho com o cantor e pianista Jamie Cullum.

O CoolJazz, a celebrar 20 anos, soma três atuações por noite, entre as Cascais Jazz Sessions e os dois concertos seguintes. O palco principal está no Hipódromo Manuel Possolo e o segundo no Parque Marechal Carmona.

DESPORTO

A Espanha, que eliminou a Alemanha, e a França, 'carrasca' de Portugal, discutem hoje a primeira vaga na final do Campeonato da Europa de futebol de 2024, nas meias-finais da competição, em Munique.

Os espanhóis, campeões em 1964, 2008 e 2012, estão nas meias-finais pela sexta vez -- e segunda consecutiva -- depois de nos 'quartos' se terem imposto à equipa da casa, a Alemanha, no prolongamento, por 2-1, com o golo decisivo a ser apontado aos 119 minutos, por Mikel Merino.

Já os franceses, vencedores em 1984 (precisamente contra Espanha) e 2000, impuseram-se à seleção portuguesa na eliminatória anterior, graças ao maior acerto no desempate por grandes penalidades, em que foram 100% eficazes e garantiram a passagem, após o empate 0-0 no final do prolongamento.

O encontro entre Espanha e França tem início agendado para as 20:00 (hora em Lisboa), na Allianz Arena, em Munique, e será arbitrado pelo esloveno Slavko Vincic.

INTERNACIONAL

A NATO inicia hoje uma cimeira em Washington centrada no apoio à Ucrânia face à invasão russa e rearmamento dos países europeus, identificando ainda ameaças futuras, quando celebra os seus 75 anos.

O primeiro-ministro, Luís Montenegro, estreia-se em Washington numa reunião da Aliança Atlântica. Portugal estará também representado pelos ministros dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, e da Defesa Nacional, Nuno Melo.

A cimeira vai realizar-se na capital norte-americana e assinalará os 75 anos da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO, sigla em inglês), na mesma cidade onde, em 1949, doze países -- incluindo Portugal - assinaram este tratado para assegurar a sua defesa coletiva.

Na quarta-feira, Montenegro, acompanhado pelos ministros dos Negócios Estrangeiros e da Defesa, participa na cerimónia de cumprimentos oficiais pelo secretário-geral da NATO e pelo Presidente dos Estados Unidos aos chefes de Estado e de Governo presentes em Washington e na reunião do Conselho do Atlântico Norte, o principal organismo de decisão política dos aliados.

No último dia da cimeira da NATO, Montenegro, Rangel e Nuno Melo participarão em nova reunião do Conselho do Atlântico Norte, esta com os parceiros do Indo-Pacífico e da União Europeia, a que se seguirá uma da Comissão NATO-Ucrânia (NUC).

A cimeira que assinala os 75 anos da NATO será também a última do atual secretário-geral, Jens Stoltenberg, que terá como sucessor o ex-primeiro-ministro neerlandês, Mark Rutte.

O secretário-geral da NATO traçou três tópicos centrais para a Cimeira de Washington: impulsionar a defesa dos Estados membros e a dissuasão aliadas; apoiar os esforços da Ucrânia para se defender, que apontou como "a tarefa mais urgente" da Aliança Atlântica; e continuar a fortalecer as parcerias globais da NATO "especialmente no Indo-Pacífico", tendo convidado para a reunião os líderes da Austrália, Japão, Nova Zelândia e da Coreia do Sul.

O pacote de apoio à Ucrânia - que deverá fixar uma ajuda anual dos aliados de 40 mil milhões de euros por ano -- implicará ainda que a NATO assuma a tarefa de coordenar a ajuda militar que este país recebe para se defender da invasão russa, bem como as iniciativas de treino das suas forças, através de um comando liderado por um general de três estrelas e com cerca de 700 pessoas a trabalhar numa sede da NATO na Alemanha.

LUSOFONIA, ÁFRICA E COMUNIDADES

O Presidente cabo-verdiano inicia hoje uma visita de uma semana a São Tomé e Príncipe, para participar no 49.º Aniversário da Independência e encontrar-se com as comunidades de Cabo Verde.

A visita de uma semana José Maria Neves a São Tomé e Príncipe será também a primeira "Presidência na Diáspora em África", segundo o gabinete de José Maria Neves.

O programa intercala momentos da visita de Estado com encontros com a comunidade cabo-verdiana em São Tomé e Príncipe, que se estima em mais de 70 mil pessoas.

Hoje, o chefe de Estado de Cabo Verde é recebido no Palácio do Povo pelo homólogo Carlos Vila Nova.

A cooperação entre os dois Estados foi reforçada com o Acordo Geral de Cooperação, no quadro da 1.ª Comissão Mista entre os dois países, em agosto de 2007.

Entre os setores prioritários de cooperação destacam-se a educação, saúde, pescas, agricultura e administração pública, além de intervenções que beneficiem a comunidade cabo-verdiana residente em São Tomé e Príncipe.

A 2.ª Comissão Mista realizou-se em março de 2022 e nova reunião está a ser preparada para se realizar ainda este ano, segundo anunciou em abril, durante uma visita a Cabo Verde, o primeiro-ministro são-tomense, Patrice Trovoada.

SOCIEDADE

O nanossatélite português ISTSat-1, construído por estudantes e professores do Instituto Superior Técnico (IST), é hoje lançado para o espaço no voo inaugural do novo foguetão europeu Ariane 6.

O lançamento, da base espacial europeia, em Kourou, na Guiana Francesa, está previsto para entre as 19:00 e as 23:00 (hora de Lisboa).

O teleporto de Santa Maria, nos Açores, operado pela Thales Edisoft Portugal, vai ser a primeira estação a fornecer dados do foguetão, cujo voo inaugural "marca o regresso da capacidade operacional europeia de acesso ao espaço".

A bordo do foguetão seguirá o ISTSat-1, o primeiro nanossatélite concebido por uma instituição universitária portuguesa e o terceiro satélite português a ser enviado para o espaço, depois do nanossatélite Aeros MH-1, em março, e do microssatélite PoSat-1, em 1993, que envolveram a participação de empresas.

O ministro da Educação, Ciência e Inovação, Fernando Alexandre, e a secretária de Estado da Ciência, Ana Paiva, participam na cerimónia que assinala o lançamento do Ariane 6 no polo de Oeiras do Instituto Superior Técnico.