Vento fraco marca ‘jornada’ da Regata Transquadra
Frota Atlântica, com 43 embarcações, largou ontem da cidade Francesa de La Turballe.
As 47 embarcações que fazem parte da 11.ª edição da Regata Transquadra já navegam todas rumo à Madeira, naquela que é a primeira etapa desta regata transatlântica que apenas tem a sua conclusão em 2025 com chegada à Martinica.
Depois das quatro embarcações que compõem a frota do Mediterrâneo, ter largado da cidade de Marselha no passado dia 3 de Julho, ontem foi a vez das restantes embarcações (43), da denominada frota do Atlântico, se fazer ao mar, em pleno Oceano Atlântico, numa largada emocionante que teve lugar na cidade francesa de La Turballe.
Numa frota com 74 velejadores, todos eles amadores e com idades superiores aos 40 anos de idade, 42 fazem a sua estreia absoluta numa travessia oceânica.
"É uma aventura com A maiúsculo. O desafio da minha vida. Nosso Everest!…E é super emocionante!”, admitiu Luc de Camas, velejador que integra a equipa de Pierre-Yves Fouché num JPK 10.10 ‘Moses’.
Se a frota do Mediterrâneo cumpre o quinto dia de navegação, onde estão prestes a chegar à zona de Gibraltar, a frota Atlântico cumpre as primeiras milhas no oceano atlântico. Durante a noite e as primeiras horas do dia de hoje os velejadores tiveram pela frente vento fraco, o que os obrigou a várias manobras de forma a encontrar ‘vento bom e fresco’.
Obrigados a muitas manobras no Mediterrâneo
“As previsões para os próximos dias não preveem ventos de feição ao longo do Mediterrâneo. Eles terão ainda muito trabalho pela frente, analisando minuciosamente as melhores rajadas para alcançar Gibraltar. Quilômetro após quilômetro, ainda a 80 milhas náuticas de Gibraltar, a dupla franco-italiana Frédéric Ponsenard e Paolo Manganelli a bordo do ‘Coco’ lidera enquanto as restantes três embarcações então a cerca de 140 da saída do Mediterrâneo”, segundo descreve a organização no site oficial da Transquadra.
Calmaria na primeira noite da frota Atlântica
“Com o vento a soprar entre os 2 a 3 nós de intensidade a frota conseguiu ganhar algumas dezenas de quilômetros da costa. No entanto, o vento mudou ao início da manhã de hoje com a chegada de vento de sul de cerca de 15 nós de intensidade que lhes permitirá ganhar mais velocidade para seguir diretamente em direcção ao Cabo Finisterra”, adianta a organização.
Ainda segundo a organização desta regata transatlântica que teve a sua primeira edição em 1993, as primeiras embarcações a cortarem a linha de chegada na Madeira deverá acontecer durante o dia 15 de Julho. Refira-se que este evento internacional tem como clube parceiro na etapa madeirense o Clube Naval do Funchal.
Duas equipas com problemas obrigados a rumar a 'porto seguro'
Yann Jestin da embarcação Vari 2 foi obrigado a voltar para trás e fazer o seu percurso rumo o porto de La Rochelle. “O velejador deparou-se com problemas electrónicos e parece ser forçado a abandonar esta primeira etapa. Boa sorte para ele e esperamos vê-lo na Madeira no próximo inverno para a segunda etapa!”, avançou há instante a Transquadra na sua página de facebook.
Também Jean-Paul Forêt, ao leme do ‘Phantams II’ foi obrigado a rumar até Port Haliguen para reparar uma falha no motor (problema de arrefecimento) que é usado recarregar as baterias da embarcações. Segundo a organização o velejador estará de regresso à frota assim que reparar o problema.