Chega exclui Magna Costa e diz que já garantiu integração de medidas no Orçamento
“Fui excluída", afirmava, na passada quinta-feira, a deputada eleita à Assembleia Legislativa da Madeira pelo Chega , em entrevista ao DIÁRIO.
"Fui excluída"
Conheça os destaques desta quinta-feira em mais uma edição do DIÁRIO
Ao que tudo indica confirma-se, quer pela resposta pronta da direcção regional (composta Miguel Castro, Celestino Sebastião e Hugo Nunes) remetida à redacção, quer pelo mais recente comunicado do Chega, que se refere apenas a "três deputados do Chega na Assembleia Legislativa da Madeira".
Chega-Madeira acusa Magna Costa de "postura egoísta e individualista"
Os três deputados do Chega-Madeira tomam hoje posição frontal contra as palavras da outra deputada, Magna Costa, que hoje em entrevista ao DIÁRIO, acusou os correligionários de ter sido excluída das negociações sobre o programa de governo. Num comunicado assinado por Miguel Castro, líder regional e líder do grupo parlamentar, Celestino Sebastião e Hugo Nunes, acusam de se autoexcluir, de ter "comportamento errático" e "indisciplina constante", bem como por assumir uma "postura egoísta e individualista".
"Os três deputados do Chega na Assembleia Legislativa da Madeira cumpriram com o plano definido pelas estruturas nacional e regional para a votação do Programa de Governo, garantindo, entre outros aspectos, a estabilidade governativa, a discussão de um orçamento regional e a garantia de que Miguel Albuquerque se irá demitir em caso de acusação pelo Ministério Público. O mesmo foi já confirmado publicamente pelo líder nacional do Chega. Ultrapassada esta fase, os deputados do Chega-Madeira estão focados nas negociações do Orçamento regional", explana o comunicado remetido este sábado à comunicação social.
O Chega que, ontem, na sequência da audição prévia com o Governo Regional, já admitiu votar favoravelmente a proposta de Orçamento do PSD para 2024, vem hoje dizer que já garantiu a no documento "a integração de medidas que consideram fundamentais para a vidados madeirense, entre as quais a redução dos impostos sobre os cidadãos e as empresas, a baixa do IVA, a dignificação da actividade turística e dos principais pontos de interesse, a melhoria dos salários dos trabalhadores, incluindo os da hotelaria, e o reforço da aposta na habitação pública."
Os parlamentares do Chega afirmam lutar também por “mais incentivos à actividade privada, redução das listas de espera, mais apoio ao sector primário, medidas de protecção à família e natalidade e a fixação do pagamento das passagens aéreas entre a Madeira e o Continente, para os residentes na Região, nos 86 euros”.
“É no orçamento que se definem as prioridades financeiras do Governo, por isso queremos usar o peso político que temos no parlamento para garantir medidas que resultem na melhoria prática da vida das pessoas, especialmente ao nível da redução de impostos, saúde, protecção à família, habitação e transportes, que são áreas fundamentais par nós”, sublinha Miguel Castro.
O líder do Chega na Madeira reitera a determinação do partido em usar a posição que ganhou na actual conjuntura parlamentar para “fazer aprovar medidas que, de outra forma, não seriam possíveis”.
“Ao viabilizarmos o programa, conquistamos ainda mais preponderância política. Muito da vida parlamentar está nas mãos do Chega e queremos usar essa posição para aliviar os orçamentos familiares, dar mais qualidade de vida às pessoas e desbloquear medidas em áreas chave da vida madeirense”, argumenta Miguel Castro, acrescentando que o seu partido está determinado em “forçar na agenda política assuntos e medidas que o PSD anda a evitar há anos”.
“Estamos a exigir e vamos continuar a exigir medidas concretas na Saúde, nos transportes, na habitação, no alívio fiscal e na defesa da família. Acabou o tempo das promessas. Agora, para terem o nosso apoio, terão que agir. É esse o poder que conquistámos e vamos pô-lo ao serviço da Madeira”, remata.