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Biden garante que é candidato e que irá "vencer novamente" eleições dos EUA

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O Presidente norte-americano, Joe Biden, garantiu hoje que é candidato à Casa Branca e que "vencerá novamente" a corrida à Casa Branca, durante um evento de campanha em Wisconsin, um estado-chave na região dos Grandes Lagos.

"Sou candidato e vencerei novamente", disse, com uma voz forte e animada, Joe Biden, que tem estado sob elevada pressão após um desempenho amplamente criticado num debate na semana passada com Donald Trump, o seu rival republicano.

"Vou continuar na corrida. Vou vencer Donald Trump. (...) Não vou deixar um debate de 90 minutos acabar com três anos e meio de trabalho", acrescentou.

Num momento em que luta pela sua sobrevivência política, o chefe de Estado afirmou: "estão a tentar tirar-me da corrida, mas deixem-me dizer isso da forma mais clara possível: eu vou continuar na disputa".

Desde o fraco desempenho de Biden no debate, a preocupação e o pânico espalharam-se dentro do Partido Democrata e multiplicaram as vozes que acreditam que o chefe de Estado, de 81 anos, não está apto para continuar no cargo.

A governadora de Massachusetts, a democrata Maura Healey, juntou-se hoje às vozes que instam o Presidente dos Estados Unidos a avaliar se ainda tem hipóteses de vencer Trump nas eleições de novembro.

"A decisão deve ser tomada pelo Presidente. Nos próximos dias, peço-lhe que ouça o povo americano e avalie cuidadosamente se continua a ser a nossa melhor esperança para derrotar Donald Trump", disse Healey num comunicado.

A governadora afirmou que Biden salvou a democracia americana em 2020, quando derrotou Trump nas urnas, e agradeceu-lhe a sua "liderança", mas também sublinhou que as eleições de 05 de novembro são as mais importantes que existem.

Também a cineasta e filantropa Abigail Disney, herdeira do império do entretenimento The Walt Disney Company, exigiu que o Partido Democrata, do qual é uma grande doadora, substitua Joe Biden como candidato nas próximas eleições presidenciais e ameaçou cortar o seu financiamento se não o fizesse.

"Pretendo cortar quaisquer contribuições ao Partido, a menos e até que substituam Biden no topo da corrida presidencial. Isso é realismo, não é falta de respeito. Biden é um bom homem e serviu admiravelmente o seu país, mas há muito em jogo", disse Disney à CNBC.

"Se Biden não der um passo atrás, os democratas perderão. Tenho a certeza absoluta disso. As consequências desse fracasso serão claramente graves", acrescentou, referindo-se a uma vitória potencial de Donald Trump.

A produtora cinematográfica -- neta de Roy O. Disney, irmão mais velho de Walt Disney e cofundador da empresa -- sugeriu nessas mesmas declarações um nome para substituir Biden: a sua número dois na Administração, a vice-presidente Kamala Harris.