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Início de campanha da oposição para presidenciais venezuelanas com 15 detenções

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Quinze pessoas foram detidas na Venezuela em manifestações que marcaram o início da campanha da oposição para as presidenciais de 28 de julho, anunciou o vice-presidente da organização não-governamental (ONG) Foro Penal (FP).

"Depois de recebermos os últimos relatórios dos nossos advogados em todo o país, o número de detenções relacionadas com os acontecimentos políticos de ontem (quinta-feira) é de 15", anunciou Gonzalo Himiob na rede social X.

Segundo o FP, as detenções ocorreram nos estados venezuelanos de Táchira (4), Miranda (3), Lara (4) e Nueva Esparta (4).

Numa outra mensagem, Gonzalo Himiob adiantou que além das detenções por motivos políticos, foram também "retidos" os camiões e o equipamento de som dos detidos em Lara, Nueva Esparta e Táchira.

Por outro lado, a ONG Laboratório de Paz (LP) denunciou que 10 pessoas foram assedias pela Polícia Nacional Bolivariana em Lara (centro), estado onde a mesma força de segurança "tentou reter" um camião com equipamento de som.

Através das redes sociais, o LP denunciou ainda que também em Caracas funcionários da Direção de Ações Estratégicas e Táticas tentaram reter outro camião que transportava equipamento de som.

Segundo o LP, foi também bloqueado o acesso às páginas na internet "Cazadores de Fake News" ("Caçadores de Notícias Falsas") e Espaja, e encerrada a rádio 98.3 FM.

A ONG denuncia ainda o uso de recursos públicos para propaganda a favor do candidato do Governo na internet, nas redes sociais e instituições públicas.

Foram ainda usados meios do Estado, segundo o LP, para a mobilização e uso de transporte público e propaganda a favor do candidato presidencial Nicolás Maduro.

O jornal Tal & Cual, crítico do regime, dá conta que nos últimos três meses foram detidas 41 pessoas relacionadas com partidos políticos opositores, perseguidas e atemorizadas por organismos de segurança, das quais 17 permanecem detidas.