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Vitória trabalhista coloca de novo país na liderança climática

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A vitória do Partido Trabalhista nas eleições gerais britânicas de quinta-feira vai colocar de novo o Reino Unido na "liderança climática na cena mundial", indica uma análise da GSCC, uma rede internacional de comunicação especializada em clima e energia.

No dia em que foi oficial a vitória do Partido Trabalhista e da posse do novo primeiro-ministro, Keir Starmer, a GSCC destaca em comunicado que o partido tem um "conjunto ambicioso de compromissos" no programa eleitoral em matéria de ação climática.

A vitória dos trabalhistas, para a área das energias renováveis, significa duplicar a energia eólica em terra e quadruplicar no mar (offshore), e triplicar a energia solar, indica a GSCC.

Significa tambem acabar com novas licenças para petróleo ou gás e bloquear novos projetos de exploração de carvão.

Os trabalhistas propõem também acabar com a venda de novos veículos a gasolina e a gasóleo até 2030, dar mais poder ao Banco de Inglaterra relacionado com as políticas ambientais, introduzir um imposto fronteiriço de carbono, e plantar milhões de árvores e expandir as turfeiras do Reino Unido.

Propostas que enviarão, diz-se na análise, um sinal forte aos investidores globais sobre o empenho do Reino Unido em fazer crescer a economia de emissões nulas de dióxido de carbono.

"Os partidos com uma ambição clara em matéria de luta contra as alterações climáticas conquistaram mais de 400 dos 650 lugares no Parlamento britânico", salienta a GSCC, acrescentando que os eleitores preocupados com as alterações climáticas repudiaram os que escolheriam os custos crescentes do agravamento dos impactos, em vez dos custos mais baixos de agir a tempo.

Keir Starmer já foi hoje indigitado primeiro-ministro e encarregado de formar governo pelo rei Carlos III, na sequência da grande vitória trabalhista, que infligiu ao Partido Conservador o pior resultado de sempre após 14 anos no governo.

O 'Labour' liderado por Keir Starmer ganhou 412 dos 650 lugares para a Câmara dos Comuns que foram a votos, mais que duplicando os 202 de 2019, de acordo com os resultados provisórios quando faltam apurar duas circunscrições.