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Oposição venezuelana diz estar preparada para garantir vitória nas presidenciais

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A aliança opositora Plataforma Unitária Democrática (PUD) anunciou quinta-feira que tem todas as estruturas políticas para garantir a campanha e a vitória eleitoral nas eleições presidenciais de 28 de julho.

O anúncio foi feito pelo advogado Perkins Rocha através de um vídeo divulgado pela PUD nas redes sociais.

"Todos os quadros e estruturas políticas do país já estão em sintonia, pelo que estes 20 dias de campanha, que terminam a 24 de julho, são necessários para que o fator mais importante deste processo entre em ação. Os cidadãos, a sociedade civil, a força que, em última análise, quer a mudança política no país", afirma.

Perkins Rocha sublinha que em todos os estados do país haverá marchas e concentrações para marcar com forma e determinação a reta final que levará ao triunfo definitivo nas presidenciais de 28 de julho.

"Este período eleitoral que estamos a começar a atravessar não é normal. Não só nos impediram de votar na nossa candidata eleita nas primárias de outubro de 2023, María Corina Machado, como também fecharam a possibilidade de escolher a professora Corina Yoris", explica.

O advogado prossegue explicando que vários dirigentes políticos opositores estão detidos em prisões, sem direito a defesa privada e que um grupo deles está asilado numa embaixada em Caracas, à espera de um salvo-conduto a que têm direito legalmente.

"Estão a assediar e a perseguir, por todo o país, com polícias e o Seniat (instituição tributária) os cidadãos que nos apoiam em hotéis, pousadas, restaurantes e até aqueles que nos vendem empanadas. Ontem à noite, assediaram uns idosos em Vargas [norte de Caracas] que decidiram dar abrigo a uma líder comunitária, cujo único crime foi ter aparecido num vídeo com o candidato Edmundo González Urrutia, a caminhar nas ruas de La Guaira", denuncia.

Perkins Rocha denuncia ainda que dez alcaides que manifestar apoiar Edmundo González Urrutia foram desqualificados para exercer funções públicas e estão a ser perseguidos com mandados de detenção penal, sem o devido processo nem garantias, como acontece no município Ortiz com o autarca Franco Guerratana.

O também professor explica que nas ruas, vilas e cidades da Venezuela viu que com a participação da população a opositora María Corina Machado tem construído uma "vacina" que garante um futuro político possível para o país, sem mentiras e dádivas.

"A participação em massa que faremos no dia 28 de julho nas assembleias de voto é a chave para que essa vacina cidadã nos imunize contra abusos e arbitrariedades. Os venezuelanos devem saber que nos preparámos em todos os domínios como nunca. Já temos as testemunhas e os membros das mesas de voto, formados e prontos para facilitar a expressão política dos venezuelanos, já os temos", afirma.

Por outro lado, explica que a oposição tem mais de 55.000 "comanditos" que são a base social dos centros eleitorais, dando apoio logístico e moral, e que um grupo importante de juristas, cidadãos e outros profissionais, conhecedores das regras eleitorais, estarão vigilantes para garantir o cumprimento da lei e da Constituição.