Comércio e Serviços mais confiantes, Indústria e Construção menos
Falta de mão-de-obra é factor negativo realçado em três dos quatro sectores de actividade na Madeira
Os indicadores de confiança nos sectores de actividade da Indústria Transformadora e da Construção e Obras Públicas diminuíram em Junho de 2024 face ao mês anterior, enquanto no Comércio e nos Serviços aumentaram, de acordo com a informação recolhida pela Direção Regional de Estatística da Madeira (DREM) através dos Inquéritos Qualitativos de Conjuntura (IQC), divulgados esta manhã.
Mais em específico, "o indicador de confiança da Indústria Transformadora diminuiu em Junho, após ter aumentado em Maio. A evolução do indicador deveu-se ao contributo negativo das opiniões sobre a evolução da procura global e das perspectivas de produção, apesar do contributo positivo das apreciações relativas aos stocks de produtos acabados. O saldo das expectativas relativas aos preços de venda diminuiu em Junho, após ter aumentado no mês anterior", diz a DREM.
Já na Construção e Obras Públicas, "o indicador diminuiu em Junho, após ter aumentado em Maio", sendo que "a evolução no último mês refletiu o contributo negativo do saldo das apreciações sobre a carteira de encomendas, uma vez que as perspectivas de emprego praticamente se mantiveram. O saldo das perspectivas de preços praticados pela empresa nos próximos três meses diminuiu em Junho, após ter aumentado no último mês".
No caso dos sectores mais confiantes, no Comércio, o indicador "aumentou em Maio e Junho, após ter diminuído em Abril. A evolução do indicador em Junho resultou do contributo positivo das opiniões sobre o volume de vendas e das perspectivas de actividade da empresa, tendo as apreciações sobre o volume de stocks contribuído negativamente. O saldo das perspectivas de evolução futura de preços diminuiu em Maio e Junho, após ter aumentado em Abril", refere.
Igualmente nos Serviços a confiança é contínua há seis meses consecutivos. "O indicador aumentou em Junho, prolongando o movimento ascendente iniciado em Janeiro. A evolução do indicador resultou do contributo positivo das opiniões sobre a evolução da carteira de encomendas e das apreciações sobre a actividade da empresa, mais expressivo no primeiro caso, tendo as perspectivas relativas à evolução da procura contribuído negativamente. O saldo relativo às expectativas de preços de prestação de serviços aumentado em Junho, após ter diminuído no último mês", salienta.
"De notar, que com exceção dos Serviços, os restantes sectores apontam como principal obstáculo à sua actividade, a dificuldade em contratar pessoal qualificado", realça, "factor limitativo com maior expressão na Indústria Transformadora e na Construção e Obras Públicas. Face ao mês anterior, apenas nos Serviços houve um desagravamento deste obstáculo, tendo-se agravado nos outros sectores", conclui.